"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

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15 de outubro de 2013

Julica e Jiló, nosso 1º aninho e brincadeiras

 Vamos contar como é que dois cachorrinhos abandonados 
podem tornar-se essas belezuras que somos nós, Julica (a loira) e Jiló (o pretinho). 
Não temos certeza, mas ela decidiu que nosso aniversário é hoje, quinze de outubro. Pode ser mesmo pois nos deixaram aqui no final de novembro do ano passado, então quando estávamos nesta caixa,
deveríamos ter quarenta e cinco dias.
Era uma tarde de calor intenso e estávamos quase morrendo quando ela nos acolheu. Tínhamos uma doença de pele, muitos bichos nos dedinhos e queimaduras do sol forte onde nos abandonaram.
Com muito carinho ela nos cuidou, tratou e acima de tudo nos deu o amor que só tínhamos recebido de nossa mamãe de verdade, de quem nos tiraram não sabemos por que.
Bem, chega de tristeza, agora estamos assim, eu Jiló, lindo
com o pelo brilhante e a pontinha do rabo branca! 
Eu Julica, sou uma musa loira com pelo duro, um charme e
também tenho a ponta do rabo branca.
Adoramos brincar no quintal e achamos um brinquedo muito legal, uma bota furada que ela usava nos dias de chuva para andar aqui fora.
Sim, são dois pés mas nós gostamos só de um e então lutamos para ver quem consegue ficar com ele.
Está dando para perceber que a loira charmosa é mais forte que o Jiló? Ele sempre foi manhosinho e até ficou doente e precisou tomar injeções para ficar bem.
Hoje ela viu que o Jiló está com uma coisa inchada embaixo do olho direito. Se até amanhã de manhã não desinchar ele terá que ser examinado pelo médico veterinário e aí acho que descobrirão que fui eu quem deu uma bela mordida na cara dele...
Mas eu não mordo por maldade, é que ele não quer entender
quem é a chefe da matilha.
Pronto, ganhei a parada, a bota é minha!
E é assim, com muito amor e carinho que cachorrinhos abandonados se transformam em belezuras.

3 de janeiro de 2013

Filhotes, antes e agora - para doação

Final de novembro de 2012, alguém entregou-me esses dois cãezinhos, num dia de temperatura escaldante dizendo que ambos estavam no sol, sem água ou alimentos. 
Eles eram assim, com sarna, pulgas, bichos-de-pé 
e queimados do sol,
  desnutridos, sedentos e famintos.
 Já em tratamento, Jiló (nome provisório) fazendo pose.
Aqui em fotografia de hoje, com o pelo brilhante e saudável.
 Ainda estavam isolados, mas já brincavam e arriscavam comer um ossinho artificial.
  Julica (nome provisório), linda e saudável como o irmão.
 
Desejo doá-los para uma família que tenha lugar apropriado para que possam conviver e brincar, recebendo carinho e atenção 
por toda a vida.

30 de novembro de 2012

Rotina, dor e abandono

 Quarta-feira pela manhã, já com dores, fui ao supermercado estreando a bolsa confeccionada pela Ana do blog, comprada pela Cris, do blog e a mim presenteada.
As dores que iniciaram quarta-feira, fizeram que na madrugada de quinta, telefonasse para a filha relatando os sintomas e já recebendo diagnóstico prévio de infecção urinária com a recomendação inicial de tomar paracetamol (tinha em casa) e exame de urina na primeira hora da manhã. Feito o exame, resultado comprovou o diagnóstico da madrugada, mas como antibióticos são vendidos apenas com receita médica, consultei o médico no Ambulatório Municipal, 
onde fui muito bem atendida e saí com a receita do medicamento 
já recomendado pela filha.
 Duas horas após a ingesta da primeira dose, as dores passaram.
Katy Lu estranhou minha ausência na Hauskatzen durante o dia e desceu, sentando-se no lado de fora da janela onde  fico quando estou estudando ou digitando. 
 Hoje pela manhã, Chuvisco veio pedir carinho na mesma janela, vejam a carinha de "pidão".
 Também pela manhã, encontrei no chão, em frente à casa da vizinha este raminho da flor pinguinho-de-amor, recolhi, colhi alguns galhinhos de aspargos, coloquei água num antigo tarro de um litro que antigamente era usado para o leiteiro colocar o leite diário e prestei uma pequena homenagem  à mãe, que muito gostava destas florzinhas.
E, para encerrar minha tarde, enquanto costurava uma cortina que mostrarei na próxima postagem, ouvi pessoas chamando: "vizinha"... abri a janela e ouvi a maldita pergunta: "a senhora trabalha na ACAPA"? 
Não, eu respondi, ajudo quando posso, mas não trabalho lá. Nós encontramos esses cachorrinhos na frente da igreja Assembleia de Deus, estão quase morrendo e então trouxemos aqui porque eu vi a senhora um dia lá na ACAPA e nós não podemos fazer nada... vamos deixar na rua...", disseram.
Nem precisam responder a pergunta, quem conhece minha casa sabe que este era o tanque de lavar roupas da Hauskatzen e agora está abrigando dois filhotes caninos, um macho e uma fêmea, com sarna e vermes como nunca havia visto "ao vivo". Já receberam medicação contra vermes e sarna, tomaram água, deram algumas lambidinhas na ração molhadinha e abanaram seus rabinhos com pontinhas brancas, simbolizando bandeirinhas de paz...
Que mais posso dizer, além de dar graças a Deus por meu organismo estar respondendo ao tratamento e ter sentido coragem em ir até a agropecuária, num calor de mais de trinta graus para atender às necessidades dos filhotinhos abandonados?
Perdoem estar desalinhada a postagem, mas tentei várias vezes alinhar e o blogger não aceitou.

23 de setembro de 2011

Atualizando o dia a dia!

Antes da interrupção do diário da viagem, algumas fotos ficaram na câmera e hoje consegui baixá-las.
Sábado pela manhã, fui ao centro da cidade, mais ou menos oito quadras de casa. Na ida encontrei essa cadelinha em frente a uma casa lotérica. Quando voltei ela estava mais ou menos no mesmo lugar e passou a seguir-me, chegando junto em casa. Entrei e deixei-a enquanto busquei água e um pouco de ração sem dar muita atenção porque aqui não posso ter mais cães. Depois de comer, passou a bater com as patas na porta da frente, com muita força. Então, abri o portão lateral e ela deitou-se na escada como se ali fosse sua casa desde sempre.
 À tarde, abri o portão, saí com o carro e ela permaneceu como um cão de guarda. Quando retornei, abri o portão e assim como aqui chegou, também partiu. Fiquei chateada, porque depois que se olha nos olhos de um cão errante, difícil deixá-lo ir. Mas, naquele momento foi a atitude mais sensata a tomar.
Vejam como a natureza coloriu sua carinha simetricamente. Espero que São Francisco a guie.
Desde que voltei da viagem, sábado à noite foi a primeira vez que vi Vitinho tomar água com vontade! Na minha ausência praticamente não comeu, ou melhor, acho que não comeu nada. É difícil alimentar um bichinho na situação dele mas aprendi as manhas. Antes da refeição, é preciso limpar seus olhinhos que estão praticamente fechados e pedir que ele espirre e limpe o rostinho. O danado entende e faz. Aí, sente o cheiro da carne e aos poucos come cerca de 80g de carne moída. Preciso cuidar para que nada caia da boca porque ele não aceita mais (o cheiro de sua boca é terrível). Depois da carne ofereço água e ele fica mais ou menos cinco minutos bebendo.
Abaixo imagens do nosso ato de "acordar" pela manhã.
 Isso foi domingo.
Vejam como são bonzinhos meus pets, deixam uma beiradinha da cama para mim.
 Nino Branco não encontrou lugar na cama e ficou deitado parcialmente sobre o criado mudo.
 Estou com olhos fechados mas estava acordada, tanto que as fotos foram feitas por mim!
A Bina está em sono profundo entre um travesseiro e outro e a Pudim deitada sobre o travesseiro ao lado do meu.
Como chegamos ontem do hospital, apenas subi para servir ração para os "gatos de cima" e Hauskatzen, aparentemente estava tudo bem. Vi que Dulce estava em casa, portanto não abri a porta da sacada. Hoje pela manhã quando subi, depois de servir o café da mãe, abri a porta da sacada e meu querido Francisco e o Nino Lelo entraram correndo. A Ana os fechou do lado de fora, ainda bem que puderam abrigar-se embaixo de um sofá coberto com uma cortina black out que os protegeu da chuva que caiu durante a noite. Sei que não sou insubstituível, mas também sei que como eu ninguém cuida deles. 
Desculpem-me Francisco e Nino Lelo (a culpa foi da Ana)!

28 de junho de 2011

A desova de filhotes continua

Quase meio-dia, de onde estava, visualizei na área da frente da casa, aberta  para o passeio público, algo enrolado em uma espécie de manta ou cobertor. Pelo tamanho poderia ser desde um bebê até cão ou gato. 
O que fosse, não estava passando bem, porque tremia, mesmo envolto na manta, de muito boa qualidade. Encostei a testa no vidro e chorei, antes de qualquer reação racional, chorei, perguntando o que será?
 Após três ou quatro vezes fazendo a pergunta, uma cabecinha ergueu-se para dizer-me: sou uma cadelinha, por favor me socorre. Era uma filhote linda, com as mesmas cores da Fi, branca com a carinha bege e marrom, mas, quatro vezes maior. Muito magra, limpinha, como se a tivessem banhado, sem pulgas, como todos os animais que largam aqui em casa. Seria facilmente adotada, não fosse a maldita cinomose, motivo das tremedeiras. Nem a cabeça a pobre conseguia segurar. Prestei o único socorro que era possível, coloquei-a no carro e levei-a até a casa da família que mencionei aqui . Podem pensar que apenas transferi o problema. Mas, de lá se ainda houver possibilidade de cura, será encaminhada para adoção e farei o que puder para auxiliar, menos acolher na minha casa.
Antes de transformar-me em protetora mendicante, cuidarei dos quase quarenta que aqui estão.
Mitinha com uma turma de filhotes
A qualidade da ração dos gatos, já fui obrigada a baixar, espero que não precise baixar a qualidade da alimentação das humanas da casa.
Mjadra
Tenho uma vontade imensa de descobrir quem é a pessoa que adquiriu o hábito de largar as granadas na minha mão. Não deve ter pedigree. Conhecendo  minha família, sabe que ninguém é milionário e tenho certeza que conhece, porque coincidências não acontecem nessa medida. Quando bondade é confundida com burrice é hora de parar. Não estou podendo nem dar carinho para os animais que digo "meus". Sinto falta e eles também, daquela troca gostosa de afagos. Quando entro na Hauskatzen, para ficar mais tempo, como fiz hoje, sou disputada literalmente à tapa pelos gatos. As cinco cadelas que ficam mais ou menos fora da casa, meu tempo com elas, é restrito  aos momentos em que são alimentadas ou quando estendo roupas no varal. As cinco "de dentro" são mais felizes, porque ficam o dia todo com minha mãe na sala 
Vó Lilly, Pudim, Bina, Fi e Picolo
e à noite, quatro dormem comigo e a Nausy quando percebe que vou subir, vai para seu cantinho no sofá e espera meu beijo de boa noite.
Nausy

30 de março de 2011

Sobre Cães - Leona - complexo de vira-lata

Leona

Minha paixão por gatos já restou clara aqui no blog. Mas, além dos gatos também tenho cães e obviamente para ter dez (eram onze) devo gostar.
Gosto, tenho nove fêmeas e um macho (castrado). Todos são SRD, ou vira-latas. Uma delas, vira-lata"com pedigree". É a Leona, vivia nas ruas da cidade e seu ponto de parada era a estação rodoviária. Meu irmão, até 2007 trabalhava como jornalista e comunicador numa rádio próxima à rodoviária. Adotou-a, deu-lhe nome e casinha, no quintal da rádio. Logo a seguir uma séria enfermidade o acometeu e a Leona (com sua ninhada de 5 bebês) veio para minha casa. Filhotes foram doados e Leona ficou.
Afirmei que Leona é vira-lata com pedigree porque estou desde domingo indignada com o "Tema para debate" publicado na Zero Hora de domingo, 27.03.2011, na página 17, escrito pelo Bacharel em Direito, Fernando Barbosa Paixão Cortes. O título do artigo é "A síndrome do cachorro vira-lata". Confesso minha ignorância sobre o assunto, não sabia o que é esta tal síndrome. E confesso mais: depois de saber, não sinto identificação com a mesma. O articulista embasou-se e endossou a opinião de Nelson Rodrigues (falecido em 1980), de que "o brasileiro acredita que tudo o que é estrangeiro é melhor...", e pesquisando, aprendi que a síndrome do vira-lata pode, significar também, complexo de inferioridade.
Não sei onde Nelson Rodrigues embasou, nos anos 50, que cachorro vira-lata  não confia em si e nem acredita que outro cachorro vira-lata pode ser um vencedor.  Pois, o Sr. Fernando afirma que o brasileiro, assim como o cachorro vira-lata, só acredita em brasileiro rico e poderoso, e não em um seu igual. Ora, todo um artigo condenando termos estrangeiros, festas culturais importadas de outras nações, costumes estrangeiros incorporados à cultura nacional, para chegar ao penúltimo parágrafo dizendo que o ex-presidente Lula não sofre desta síndrome (a do vira-lata) e que é menosprezado pela classe média e pela elite brasileira e, que o brasileiro admira o Obama. Bem, o que esperar de um ex-presidente do Brasil, recém saído do poder, que recusou-se a participar de almoço em homenagem ao presidente americano, recebido com a devida civilidade, por sua candidata, hoje sucessora na Presidência da República? Será a Presidenta Dilma portadora da síndrome do vira-lata?
Voltando aos cachorros. Vira-lata é aquele cão nativo, cada região possui os seus, com características próprias. Por exemplo, cães habitantes de regiões frias possuem pelagem espessa elonga, já cães que vivem em lugares quentes possuem pelagem rala e curta. Falo aqui apenas dos cães vira-lata, de rua, que cruzam entre iguais. Acredita que há falta de confiança própria nos vira-latas, quem nunca viu em bairros da periferia vários cães seguindo uma fêmea no cio, ou como aqui em casa, onde uma vira-lata minúscula,  Kida, com apenas três patas, brinca e briga de igual para igual com uma pointer (resgatada em estrada interiorana), Tita, cuja cabeça equivale ao seu tamanho.
Kida e Tita
Pois Leona, vira-lata com pedigree (ó o estrangeirismo) possui personalidade invejável. Sabe o que quer, por sua causa cercas e muros foram construídos para evitar fugas (seu desejo é andar nas ruas) e, até agora nada disso adiantou sendo necessário o uso da coleira com corrente. Ela é solta todos os dias sob o olhar vigilante de alguém, normalmente meu. Quando correu bastante e explorou todo o quintal só é necessário pegar a corrente que ela vem, para ser colocada a corrente, para sua segurança, pois enquanto houverem seres humanos imaginando serem vira-latas seres despojados de confiança, eternos perdedores, os pobres cães precisarão viver confinados em poucos metros quadrados.

25 de fevereiro de 2011

Ursa, nossa querida Buxinha!

Já dizia alguém: "quem muito pensa nada faz".
Serve-me como uma luva, deixei muitos dias de postar, pensando em iniciar uma série de posts sobre gatos. Mas, hoje, na busca de fotos para ilustrar os posts, entre todas de pets, sobressaíram-se as da Ursa, cadela que conviveu comigo durante seis anos e partiu no dia 7 de janeiro de 2011.
Ursa foi a segunda cadela que resgatei num abrigo para animais abandonados. A primeira foi a Fi, mascote do Blog que merece um post só dela.
Fazia trabalho voluntário numa associação de proteção aos animais na cidade onde resido. Conheci a Ursa no primeiro dia em que lá estive.
Mas, um dia pensei em verificar de perto a situação daqueles animais. Como a história é apenas da Ursa, comentarei apenas a situação em que ela se encontrava. Quando vi a cena, chamei a responsável e questionei porque ela estava sobre o telhado de duas casinhas, com ração, água e fezes, muitas fezes. A resposta foi que ela subia no telhado por medo dos outros cães. Na hora, baixei a cabeça e saí do local pronta para denunciar a associação por maus tratos. Mas, minhas colegas voluntárias impediram. 

Hoje não entendo como fui capaz de deixar esse anjo sofrendo mais alguns dias naquele local imundo. Dias depois, novo mutirão, e Ursa ainda sobre as casinhas, comendo, bebendo, sofrendo... decidi dar um basta..
Finalmente pude pegar aquela fofura no colo, trazê-la para a cidade, dar um banho e chamar um veterinário para examiná-la. Aparentemente era saudável, mas em idade avançada (incerta).
Alguns dias convivendo com a "Buxinha" como carinhosamente era chamada por meu filho, descobri que havia adquirido um tesouro.
Todos os defeitos que a maioria dos cães têm, como pular, lamber, latir em demasia, fazer xixi e cocô dentro de casa, Ursa não tinha. Pular e lamber, nunca fez.
Mas, como nada é perfeito, após o cio em janeiro de 2010, manifestou-se um tumor de mama, cujo crescimento foi muito rápido.
 Início de março foi feita a cirurgia onde foram retiradas, além do tumor, as duas cadeias mamárias. Foi um sucesso, veio para casa ainda sonolenta, preferi cuidá-la à deixá-la internada.
Ainda dormindo, com colar elizabetano, curativo e toda enfaixada, permaneceu sob a atenção da família humana e dos focinhos e bigodes.
A Fi, também companheira de exílio no abrigo, permaneceu ao lado da amiga até sua plena recuperação.
No dia após a cirurgia, o curativo foi feito na clínica, pelo médico veterinário que a operou. O comportamento da nossa querida Ursa foi exemplar, ficou quietinha para a admiração de quem não convivia com ela, porque meu filho e eu tínhamos certeza de que seria assim.
Ursa sempre foi minha parceira de caminhadas, desde que não muito longas. Num domingo pela manhã, andei mais ou menos 1Km e a princesa resolveu sentar. Deixei-a descansar um pouco, dei-lhe água, e tentei retornar para casa. Ela caminhou? Não. Empacou como uma mula e então, peguei-a no colo e em etapas caminhando um pouco, descansando outro tanto, depois de mais de uma hora, chegamos em casa.
Nunca mais arrisquei longas caminhadas. Apenas em volta da quadra.
Em dezembro de 2010, dias antes do Natal, percebi que ela estava dormindo além do normal. Permanecia na minha cama até em torno de meio dia e só descia a escada se a chamasse. Fiz uma mudança de móveis na sala de televisão onde ela ficava quando não estava no quarto e a partir daí Ursa não foi mais a mesma. Passou a procurar cantos da sala e ficava com a cabeça contra a parede. Mas, continuava comendo normalmente e, quando dei-me conta que eram sintomas graves de senilidade, era dia 29 de dezembro o veterinário que a cuidava havia viajado. Por esses dias ela deixou de comer, só tomava um pouco de água espontaneamente. Dia 2 de janeiro de 2011 procurei o veterinário que a havia atendido no primeiro dia aqui em casa. O diagnóstico foi: "é Beth, ela está nos seus últimos dias de vida".
Procurei deixá-la o mais confortável possível, no final dando água com seringa, um pouquinho de leite com mel, também na seringa.
Enfim, Ursa saiu de cena, foi para a Ponte do Arco Íris no dia 7 de janeiro de 2011, discreta como sempre viveu.