"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

Mostrando postagens com marcador história de resgate. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador história de resgate. Mostrar todas as postagens

24 de outubro de 2012

E a história continua...

... ou melhor, o resgate daqui continua.
Miiiiiaaauuuu, miiiiiaaaauuuuu, miiiiiiaaaaauuuuu, foi o que fizemos quando nos largaram no outro lado da rua da casa da Beth. Ficamos perdidos, procurando nossa mamãe e um dos maninhos correu para meio da rua. Foi assim que conhecemos nossa acolhedora, pois ela parou o trânsito e nos salvou.
Fomos colocados nesse banheirinho nos primeiros dias 
e depois ela nos colocou no quarto verde.
Nossa brincadeira favorita é escalar as pernas das calças dela.
 Está bem branquinho, já contaste tua historinha, 
agora passe o microfone pra mim.
Na noite do dia em que os pequenos foram abandonados, houve uma gritaria de gatos pelo jardim  e, um dos miados parecia desesperado. Imaginei o que era, mas "abstrai". 
No dia seguinte e noutros que seguiram, vi um gato(a) rondando pela frente de casa, mas fugia quando ouvia barulho de carros ou alguém se aproximava. Aos poucos percebi ser uma gata ou gato castrado, mas aí questionei-me porque um gato gordo, bem tratado e castrado iria permanecer rondando por aqui.
Ontem vi a gatA subindo na árvore de canela.
Resumindo: o que imaginei na primeira noite se confirmou. A gata é mãe dos filhotinhos. Da linda e gorda gata que era quando a vi pela primeira vez, restou um corpo magro
e dois lindos e brilhantes olhos azuis.
Estou tentando aproximar-me para poder prender 
e providenciar a castração.







10 de outubro de 2012

Rasgando a LISTA e novo resgate

Esclarecendo: a LISTA foi rasgada e estamos todos SALVOS. Como somos trinta gatos e nove cães, ela mudou a estratégia. Irá em busca de padrinhos para alguns e aí, se os padrinhos desejarem ajudar a comprar nossa ração, areia sanitária, produtos de limpeza, medicamentos quando necessários, poderemos ficar todos juntos aqui ou noutra casa. Ela está muito feliz porque ontem uma amiga blogueira e do face ofereceu-se para ser madrinha de algum de nós. Como prometeu vir aqui nos conhecer, vamos esperar para que faça a escolha de seu afilhado ou afilhada. Também hoje ela alegrou-se muito quando uma ex colega de trabalho veio aqui e fez uma doação que dará para comprar 15Kg de ração ou pagar castração de um gato macho. Noutra época algumas amigas blogueiras ofereceram-se para ajudar e ela recusou, mas agora a turma aumentou muito e as necessidades são maiores, então se alguém desejar colaborar eu, Mimi, agradeço em nome de todos.
Feita a introdução, agora contarei quem são os serelepes das fotos.
Ontem ela escutou miados de filhotes e imediatamente abriu a porta da frente da casa e deparou-se com um desses minúsculos branquinhos no meio da rua entre os automóveis. Não teve dúvida, sinalizou para os carros pararem e o resgatou. A caixa com os outros estava do outro lado da rua e ela os trouxe para cá.
Eles são muito bebês e não deveriam ter sido retirados da mamãe.
Ela os ensinou tomarem o leite especial no prato e usarem 
a caixinha de areia.
Queridos, aprenderam direitinho.
Eles gostaram muito de brincar com os fios e também com o estabilizador de voltagem, por ser quentinho, 
até dormiram quando cansaram da brincadeira.
Na sala onde estavam, os gatos estão proibidos de entrar, então ela  acomodou os pequenos num lavabo, com caminha numa caixinha de transportes, parece que gostaram pois não choram.
Acho que por três serem branquinhos e uma três cores muito linda, todos já encontraram bons lares para quando crescerem um pouco.
Amanhã as duas colegas Lindinalva e Lindinês serão castradas, desejo que tudo corra bem e elas voltem logo ao nosso convívio.

25 de fevereiro de 2011

Ursa, nossa querida Buxinha!

Já dizia alguém: "quem muito pensa nada faz".
Serve-me como uma luva, deixei muitos dias de postar, pensando em iniciar uma série de posts sobre gatos. Mas, hoje, na busca de fotos para ilustrar os posts, entre todas de pets, sobressaíram-se as da Ursa, cadela que conviveu comigo durante seis anos e partiu no dia 7 de janeiro de 2011.
Ursa foi a segunda cadela que resgatei num abrigo para animais abandonados. A primeira foi a Fi, mascote do Blog que merece um post só dela.
Fazia trabalho voluntário numa associação de proteção aos animais na cidade onde resido. Conheci a Ursa no primeiro dia em que lá estive.
Mas, um dia pensei em verificar de perto a situação daqueles animais. Como a história é apenas da Ursa, comentarei apenas a situação em que ela se encontrava. Quando vi a cena, chamei a responsável e questionei porque ela estava sobre o telhado de duas casinhas, com ração, água e fezes, muitas fezes. A resposta foi que ela subia no telhado por medo dos outros cães. Na hora, baixei a cabeça e saí do local pronta para denunciar a associação por maus tratos. Mas, minhas colegas voluntárias impediram. 

Hoje não entendo como fui capaz de deixar esse anjo sofrendo mais alguns dias naquele local imundo. Dias depois, novo mutirão, e Ursa ainda sobre as casinhas, comendo, bebendo, sofrendo... decidi dar um basta..
Finalmente pude pegar aquela fofura no colo, trazê-la para a cidade, dar um banho e chamar um veterinário para examiná-la. Aparentemente era saudável, mas em idade avançada (incerta).
Alguns dias convivendo com a "Buxinha" como carinhosamente era chamada por meu filho, descobri que havia adquirido um tesouro.
Todos os defeitos que a maioria dos cães têm, como pular, lamber, latir em demasia, fazer xixi e cocô dentro de casa, Ursa não tinha. Pular e lamber, nunca fez.
Mas, como nada é perfeito, após o cio em janeiro de 2010, manifestou-se um tumor de mama, cujo crescimento foi muito rápido.
 Início de março foi feita a cirurgia onde foram retiradas, além do tumor, as duas cadeias mamárias. Foi um sucesso, veio para casa ainda sonolenta, preferi cuidá-la à deixá-la internada.
Ainda dormindo, com colar elizabetano, curativo e toda enfaixada, permaneceu sob a atenção da família humana e dos focinhos e bigodes.
A Fi, também companheira de exílio no abrigo, permaneceu ao lado da amiga até sua plena recuperação.
No dia após a cirurgia, o curativo foi feito na clínica, pelo médico veterinário que a operou. O comportamento da nossa querida Ursa foi exemplar, ficou quietinha para a admiração de quem não convivia com ela, porque meu filho e eu tínhamos certeza de que seria assim.
Ursa sempre foi minha parceira de caminhadas, desde que não muito longas. Num domingo pela manhã, andei mais ou menos 1Km e a princesa resolveu sentar. Deixei-a descansar um pouco, dei-lhe água, e tentei retornar para casa. Ela caminhou? Não. Empacou como uma mula e então, peguei-a no colo e em etapas caminhando um pouco, descansando outro tanto, depois de mais de uma hora, chegamos em casa.
Nunca mais arrisquei longas caminhadas. Apenas em volta da quadra.
Em dezembro de 2010, dias antes do Natal, percebi que ela estava dormindo além do normal. Permanecia na minha cama até em torno de meio dia e só descia a escada se a chamasse. Fiz uma mudança de móveis na sala de televisão onde ela ficava quando não estava no quarto e a partir daí Ursa não foi mais a mesma. Passou a procurar cantos da sala e ficava com a cabeça contra a parede. Mas, continuava comendo normalmente e, quando dei-me conta que eram sintomas graves de senilidade, era dia 29 de dezembro o veterinário que a cuidava havia viajado. Por esses dias ela deixou de comer, só tomava um pouco de água espontaneamente. Dia 2 de janeiro de 2011 procurei o veterinário que a havia atendido no primeiro dia aqui em casa. O diagnóstico foi: "é Beth, ela está nos seus últimos dias de vida".
Procurei deixá-la o mais confortável possível, no final dando água com seringa, um pouquinho de leite com mel, também na seringa.
Enfim, Ursa saiu de cena, foi para a Ponte do Arco Íris no dia 7 de janeiro de 2011, discreta como sempre viveu.