"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

13 de fevereiro de 2011

Gatos - lotação esgotada, será?

Pois bem, vamos lá! Véspera de viagem para Novo Hamburgo, estarei fora duas noites, três dias.
Para conseguir isso, a fase de preparação é algo que só fazendo para entender, então, não adianta explicar.
Tudo quase pronto,  fui despertada ontem 5 horas da madrugada, com miados histéricos na área lateral da casa. Moída de sono, peguei minha garrafinha d'água, abri a janela e joguei a água sobre os miados. Beleza, silêncio absoluto. Saliento que não era nenhum dos meus 17 gatos porque eles dormem dentro do gatil. Pela manhã, tudo estava em ordem, gatos todos dormindo, aproveitando o som da chuva que caiu intermitente por quase 48 horas.
Era meio dia, ao abrir o portão para sair com o carro, vi uma caixa de papelão e, ao examinar percebi que havia apenas panos e um pouco de ração dentro. Óbvio que alguém conhecedor do carinho que tenho por gatos resolveu presentear-me só esqueceu que gatos não gostam de água, então, a caixa restou vazia.
À tarde, estava finalizando alguns trabalhos, máquina de costura posicionada em frente a janela, mesmo lado da casa onde soaram os miados na madrugada, escutei som estranho, parecendo filhote felino adolescente. Desci, abri a porta, e o Kity, mesmo sob forte garoa estava fora, olhando para a hera que cobre o muro lateral. Pensei fosse ele a miar, mas estranhei o olhar dirigido às plantas. Ao aproximar-me percebi algo "vivo" em meio as folhas. Naquele momento dei-me conta que era o autor ou autora dos miados da madrugada. Foi muito fácil pegar e logo notei, pelas três cores que era uma gatinha, adolescente como intuí horas antes. Estava completamente molhada. Entrei em casa, enrolei numa toalha (reservada para a finalidade resgate) e liguei para uma conhecida que dias antes havia pedido para conseguir uma gatinha para ela. Ficou muito contente e eu mais ainda porque encontrei rapidamente um lar para a figurinha. Melhor, o noivo dela é veterinário. Só que, até agora, noite de domingo não vieram buscá-la.
Preciso achar alguém que fique com essa fofura porque ela tem um defeito físico, seu rabo foi cortado mais ou menos na metade e,  gatos costumam não aceitar parceiros deficientes. Não conheço nenhum trabalho científico comprovando o que disse, mas a experiência traz essa triste realidade. Uma das minhas gatas é cega de um olho, outra falta  pedaço de uma orelha e ambas sofrem rejeição dos outros gatos, sendo necessário manter a "caolha", cujo nome é Zóio, longe dos outros para evitar brigas. A que tem a orelha semi decepada sabe defender-se, mas está sempre isolada do grupo.
É muito difícil alguém desejar adotar um animalzinho fora dos padrões de beleza. 
Dezoito (18) é um belo número, representa maioridade, habilitação para dirigir automóvel, mas para gatos resgatados por uma pessoa, é um número bem elevado, não acham?
 Kity
Gatinha abandonada...?


Até a volta!