Por algum motivo que não sei especificar, nesses dias estou muito sensível.
Talvez por estar cuidando do Vitinho, gatinho amado, com sua ferida cada vez maior.
Ou por sentir-me carcereira de gatos, impedindo-os de andar soltos, procurando suas presas.
Tão sensível estou que ao ver a cena abaixo, segurei as lágrimas.
Alguém feriu nossa árvore canela, lar de bem te vis e outros pássaros,
Passeio da Dulce, da sacada rumo à liberdade.
Não sei se faz mal para a árvore o tamanho da casca que retiraram. Talvez não,
mas aos meus olhos, essa ferida doeu.
Ainda que não mate a árvore, foi deixado campo aberto, onde eventualmente poderá ser derramado algo que poderá ser altamente prejudicial.
A ferida doeu mais porque junto da árvore tem uma porta, onde quem sentiu-se à vontade para ferir a árvore, deveria ter batido e, questionado quem o atendesse se poderia retirar um pouco da casca para utilizar em culinária, ou agora mais na moda, como remédio para várias queixas.
A ferida que mais doeu foi a sentimental, por mais uma vez perceber que o ser humano está com seu vocabulário cada vez mais pobre, onde palavras como, por favor, com licença, não mais existem e, onde o egoísmo cresce sem dar trégua.