Ao chegar na cozinha hoje pela manhã percebi uma bagunça generalizada.
Abri a janela, sol maravilhoso, olhei para a banheira horta jardim, e muitas flores e folhas sorriram pra mim.
Decidi dar uma "geral" na aparência do local onde preparo minhas poções.
Primeira atitude, remover o entulho. Isso feito, procurei toalha para a mesa e encontrei essa, bordada pela mãe nos anos quarenta do século passado. Alguns furinhos estão presentes, mas são como nossos rostos, marcas do tempo que até podem ser disfarçadas com maquiagem ou cirurgias, e que na toalha a colocação estratégica de objetos, como a maquiagem facial, pode disfarçar. Já os furinhos, como na maioria das cirurgias plásticas, poderiam ser preenchidos com alguns pontinhos, ou quiçá remendos, mas o resultado seria muito aparente.
Onde estão as três gerações de trabalhos manuais? Na toalha, bordada pela mãe, no barrado, tricotado pela avó e no porta guardanapos, pintado e decorado com biscuit pela filha, eu.
O açucareiro acompanha a família desde o início do casamento dos meus pais. Dentro dele cabe exatamente um quilo de açúcar e foi o pai quem comprou pois o do "enxoval" era muito pequeno e ele adorava café bem doce.
A toalha é quadrada, com um metro e vinte centímetros de lado. A barra em tricô tem oito centímetros de largura, linha fina, agulhas finas e um carinho e capricho intermináveis da avó que só conheci doente e se foi quando tinha apenas cinco anos de idade.
Detalhes do bordado.
E aqui o Ruby sobre o televisor que assim como o monitor do computador, não são finos porque não caberiam gatos e eles são prioridade.