"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

20 de agosto de 2011

Miniaturas

Está muito frio aqui na sala do computador, (é, ainda não tenho note), então colocarei algumas imagens de miniaturas, a maioria são alemãs, copiadas há muito tempo, sem colocar a fonte. Portanto se alguém for o autor ou souber quem é, agradeço desde já a informação.
Casinhas e quintal 
Mini fonte
Ambiente de copa antiga, com bonecos. Com um desses brinquei muito na infância. Uma amiga cujos pais vieram da Alemanha, trouxeram vários brinquedos com esse estilo. A cozinha era maravilhosa.
Saleta, hora do chá, mini

Floricultura alemã mini
Prateleira e utensílios para jardinagem
Mini jardim alemão


19 de agosto de 2011

Homenagem


Hoje, dezenove de agosto de 2011, deixou o corpo material uma das mentes mais inteligentes que tive o privilégio de conviver. Sr. Luiz Rudy Becker, não era  parente de sangue, amigo talvez, mas sobre tudo um grande professor, mesmo sem termos estado juntos em sala de aula.
Quem como eu, cursou a faculdade de direito nos anos 1970, deve lembrar que a cadeira de Direito Administrativo era iniciada e concluída em dois semestres. E, mais, anterior à Carta Constitucional de 1988. Então, sem outros cursos ou especialização posterior a 1988, de  administração pública, advogados  só possuíam a base teórica, insuficientes para entender os meandros político administrativos.
Mas, se alguém como eu, teve o privilégio de conviver em Prefeitura Municipal com um estudioso como o "Seu Rudy",  carinhosamente assim chamado por nós, muito aprendeu sobre Direito Administrativo.
Vale salientar que Seu Rudy não era formado em Direito, sequer possuía diploma de curso superior. Mas, era do tempo em que o caráter era formado em casa, o trabalho iniciado cedo, e estudar era um prazer, não obrigação. Por isso, leitor voraz, conhecia mínimos detalhes sobre as duas grandes guerras mundiais, sobre grandes líderes, enfim sobre a história mundial. Sinto-me muito feliz por ter apresentado Seu Rudy ao meu filho Tiago, mesmo as idades de ambos serem separadas por cinquenta anos, Tiago adolescente,muito aprendeu com Seu Rudy, aprendeu gostar de livros e de política.
Por outro lado, hoje sinto-me muito triste, por ter Seu Rudy partido sem que eu o tivesse visitado por muitos anos, mesmo residindo na mesma cidade. 
Peço desculpas aos meus leitores, mas o post hoje ou seria esse ou nenhum.

18 de agosto de 2011

Gatos e Perfume e fotos do dia

Este gato não é meu, mas o Vitinho seria igual ele, não fosse o ferimento no rostinho.

Em junho, contei rapidamente a história da Apito, gatinha que foi deixada na porta de entrada da casa, ainda com o coto umbilical preso à barriguinha. Embora tenha conseguido salvá-la, mesmo sem experiência com filhotes órfãos, ela viveu apenas cinco anos porque uma veterinária, especialista em vacas, exagerou na dose de anestesia quando da castração e Apito passou a Ponte do Arco Iris antes do tempo.
A pequena introdução é pano de fundo para uma peculiaridade que alguns gatos, aqui em casa,  assim como o Apito, e a Cherry possuiam, e o Francisco possui:
Adoram meu perfume.  
A Apito e a Cherry não eram tão efusivas quanto o Francisco. Satisfaziam-se em rolar sobre minhas roupas perfumadas, ou vidro de perfume.
Meu companheiro desde 1997. (a caixa mudou de cor, agora é branca)
Já Francisco, quando saio do banho, sou atacada por ele. Pula nas minhas costas para sugar a água perfumada do cabelo. Chega tornar-se agressivo. Hoje fiquei com ferimentos na cabeça, tão forte foi seu abraço cheio de garras.
Está literalmente na garupa, reparem as garras.
 Com o perfume, fica alucinado, corre, sobe nos móveis do quarto, derruba o frasco. Dei à ele um  que estava semi vazio, e é seu brinquedo favorito. Mas só brinca sobre minha cama. 
Alguém possui um gato que adora perfume?
Sempre com alguém no colo, aqui Fi e sua linguinha!
Ai que tédio, Beth não sai da frente do computador.
Ontem verifiquei os dentes da Fi. Sobrou apenas a presa superior esquerda e um dentão bem atrás, embaixo e continua comendo ração igual aos outros.
Já este minúsculo Picolo, ainda tem as quatro presas e alguns dentes laterais. Os dois juntos devem ter quase trinta anos. Não os tivesse retirado do abrigo e acolhido aqui talvez não estivessem vivos.



17 de agosto de 2011

Um pouco do dia!

Hoje foi um dia bastante nublado, mas de pouca umidade, a temperatura bem agradável, mais para o frio que calor. Parece que o inverno está iniciando sua retirada. As bergamotas na feira já estão chegando um pouco murchas, a eritrina está linda
 e pássaros diferentes já estão cantando pela manhã. Fiquei em torno de meia hora, observando a copa da araucária, 
tentando identificar a espécie de pássaro que cantava lindamente. Em vão, alegrou-me apenas com seu canto. 
Por outro lado, os gatos alegram sempre, com imagens e miados que para meus ouvidos são cantos. Dos mais velhos, identifico o miado sem ver o gato.
Fotografei-os na hora do jantar, eis o Belo lambendo os beiços,
O Luky também, após tomar água.
Enquanto isso, Francisco e Nino Branco tentavam abrir a porta do banheiro para tomar água, pois não aceitam se não for da torneira.
Ao escutar o ruído da ração caindo nos potes, Lelo resolveu retornar mais cedo do passeio e consegui flagrá-lo pulando o portão. Impressiona a agilidade!
Luky está tão fofinho que não resisti em grudá-lo no meu rosto e registrar o momento.





16 de agosto de 2011

Hauskatzen - Cuidando de Doentes

Fiz hoje um comentário no blog Ao Pé do Fogão, que rendeu um pós comentário da dona do blog, lembrando o caso de uma das gatinhas da Hauskatzen, a Zóio que aqui chegou com um olho fora da órbita ocular, sangrando e diagnosticado por veterinário como sendo necessária a remoção do olho e sutura das pálpebras. Queria deixar a Zóio, além de cega, feia! Ah, não deixei. Se não curasse lavando com chá de calêndula (santo remédio), haveria de encontrar algo que a deixasse com aparência boa. Conversando com uma amiga veterinária, num almoço, contei o ocorrido e ela sugeriu que usasse Epitezan (humano). Não sei se foi o chá, o Epitezan ou o carinho, sei que Zóio está com seu olho perfeitamente dentro da órbita. Valeu a lembrança Cris.

Pegando carona no "caso Zóio", pensei em comentar novamente o "caso Belo". 
Esse foi o seguinte: desde sua chegada aqui em casa, com Zóio e mais meia dúzia, todos adultos, foi meu preferido. Mas, certo dia resolvi viajar por menos de uma semana, deixando todos aos cuidados da Ana, minha escudeira. Quando cheguei, tarde da noite, não abri a Hauskatzen para não causar tumulto. Então pela manhã, quando fui servir a primeira refeição dos gatos, percebi que Belo havia perdido muito peso. Ofereci a ração, ele não aceitou; água também não. Chamei Ana e perguntei se havia notado algo diferente com Belo e ela disse que não. 
Veterinários de Carazinho, perdoem-me. Mas, nenhum de vocês é especialista em gatos então, fui para a internet pesquisar. Os sintomas e a pesquisa deram o diagnóstico, lipidose, o motivo, estresse devido minha ausência e falta de carinho, prognóstico, ruim, tratamento, hidratação e alimentação.
Esqueci diagnóstico, prognóstico e motivo, passando então ao tratamento. Muito carinho, soro caseiro com seringa, na marra nos primeiros dias, durante o dia no mínimo a cada hora, a noite um pouco mais espaçado. Na primeira semana foi apenas soro caseiro e carinho. Ele não parava em pé, mal abria os olhos, estava apenas pele  e ossos e as mucosas pareciam lambuzadas com gema de ovos caipira de tão amarelas.
Certamente alguns leitores irão escabelar-se, chamar-me de cruel e insensível. Mas, podem deixar seus cabelos no lugar porque Belo está mais belo que nunca, deve estar pesando em torno de seis quilos.


A partir da segunda semana, quando ele já aceitava o soro na seringa, passei a diluir ração molhada em água e continuei dois ou três dias oferecendo na seringa. Depois na colher, ele lambeu e, daí a comer normalmente foram menos de vinte e quatro horas.
Não pretendo dizer aqui que veterinários não são necessários mas, com os meus gatos e cães, prefiro seguir a cartilha antiga, sem medicamentos sofisticados e picadas dolorosas, deixando para os doutores, as castrações. 

15 de agosto de 2011

Marshmallow - Vitinho

Sinto uma sede enorme de encontrar pessoas que convivam com gatos (mais de cinco). Penso que as histórias que conto aqui possam atrair essas pessoas. Gostaria de entender como é a vida delas, o dia a dia, como alimentam seus gatos, como é o local onde dormem, saber se são apenas os meus ou se outros gatos também fazem xixi "espirrado" contra os móveis, mesmo sendo castrados. Questiono nas agropecuárias onde compro ração e areia, pergunto aos veterinários que conheço, mas ninguém responde, até desviam o assunto.
Parece tratar-se de tabu. 
Buscando respostas, comprei dois livros quando estive em julho em Novo Hamburgo. Um é Dewey: um gato entre livros, de Vicki Myron e o outro, da mesma autora com Bret Witter,  As Nove Vidas de Dewey.
No segundo livro, são narradas histórias de outros gatos que transformaram a vida de seus donos.
É oportuno esclarecer que não busquei nos livros respostas às minhas perguntas sobre conviver com gatos mas, encontrei em As nove Vidas de Dewey a história de Marshmallw que guarda semelhanças com Vitinho, o gato que está comigo há dois meses. Marshmallow nasceu e viveu com Kristie durante toda sua vida. Acompanhou a infância, a adolescência, o casamento, a maternidade, sempre tendo Kristie como sua companheira. Até aí nenhuma semelhança com Vitinho, a não ser a cor. Transcreverei pequeno trecho do livro:
"Ele tinha onze anos, o que não é particularmente muito para um gato mas seu pelo estava tão manchado e embaralhado que ele parecia ter 53. Ele tinha artrite e andava de um jeito cambaleante e desajeitado. Tinha pouca energia, seu apetite era lamentável, sua preocupação com a higiene pessoal inexistente. Pior que tudo, o cisto em seu rosto se convertera em um abscesso, de modo que o lado esquerdo do nariz parecia arruinado. O veterinário disse que ele estava fraco demais para passar por uma cirurgia; o buraco no rosto não chegava a representar um risco de vida, mas o procedimento para removê-lo poderia matá-lo. Eu mesma não sabia se Marshmallow viveria muito. Mas sabia que, independentemente de quantos dias lhe restassem, eu os faria os mais prazerosos e confortáveis possíveis."
 Marshmallow viveu ainda mais cinco anos, morrendo aos dezessete. Não sei a idade do Vitinho, mas certamente é um gato idoso, acredito que mais ou menos dez anos. Então, penso que fiz certo, trazendo-o para casa, castrando-o, não tendo nojo do seu rosto, proporcionando o conforto possível.
O livro foi fotografado sobre um cabide antigo, onde, na casa dos meus pais eram colocadas as roupas do pai, ao chegar do trabalho. O casaco na parte posterior, a calça pendurada no local próprio, os sapatos na parte inferior e os pertences miúdos, abotoaduras, documentos, dinheiro e no caso do meu pai, o isqueiro e a carteira de cigarros, numa espécie de bandeja entre o cabide e o lugar das calças. As partes citadas estão cobertas por um barrado de cortina em crochê, feito por minha avó.

14 de agosto de 2011

Pais - Mães/Pais e Reminiscências!


Antonio Zir Filho, meu querido pai, acertou, errou, mas foi pai presente. Por mais "azedo" que estivesse, não lembro de um só dia em que tenha chegado ou saído de casa, sem antes beijar mãe e eu. Em sua juventude foi muito alegre, como mostram muitas fotografias de um tempo que não conheci. Na maturidade, sofreu, calejou-se mas sempre foi uma pessoa preocupada com a família e seus semelhantes. Um enfarte o levou aos cinquenta e um anos, quinze dias antes da minha primeira filha, Aline, completar um aninho.

Luiz Antonio Friedrichs, pai dos meus filhos, adolescente estudou em seminário católico, mas, como ele mesmo dizia, foi "convidado a se retirar" por ser malandro e comandar as fugas para irem à cidade fazer festa. Saindo do seminário, continuou sendo ótimo aluno, filho exemplar. Casamos muito jovens, ambos com 20 anos, em 1973 (eu não estava grávida). Luiz foi um pai muito carinhoso, adorado pelos filhos. Um acidente de transito o levou aos 31 anos.
Luiz e Aline em Itapema
Luiz e Tiago no aeroclube.

Tiago, meu filho, o pai mais presente que conheço. Surpreendeu a todos já no dia do nascimento do Germano. Ao contrário de seu pai que tinha medo de pegar bebês no colo, Tiago desde o nascimento do filho, presenciado por ele, até hoje participa de todas as atividades diárias do G.
Tiago e G no parquinho!

O título do post fala em Mães/Pais. Nessa categoria, sem modéstia, me enquadro. Aos trinta e um anos, o mundo me foi apresentado com todas as suas adversidades. A filha com nove anos e o filho com quatro, eu como provedora fui um desastre. Nunca havia trabalhado fora, embora formada em Direito, inscrita na OAB-RS, mas sem experiência alguma. Aos poucos, sempre com a ajuda da minha mãe e de uma querida tia, a Tante Inge, as crianças estudaram em boas escolas, e hoje ambos têm profissões estáveis e nos ajudam em todos os aspectos da vida.
Por isso, comemoro o Dia das Mães e o Dia dos Pais como sendo meus. E além de tudo, sou Mãe/Pai de cachorros e gatos que, assim como meus filhos humanos foram auxiliados por familiares para crescerem, hoje eles, meus filhos, ajudam seus maninhos de quatro patas.