"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

3 de janeiro de 2013

Filhotes, antes e agora - para doação

Final de novembro de 2012, alguém entregou-me esses dois cãezinhos, num dia de temperatura escaldante dizendo que ambos estavam no sol, sem água ou alimentos. 
Eles eram assim, com sarna, pulgas, bichos-de-pé 
e queimados do sol,
  desnutridos, sedentos e famintos.
 Já em tratamento, Jiló (nome provisório) fazendo pose.
Aqui em fotografia de hoje, com o pelo brilhante e saudável.
 Ainda estavam isolados, mas já brincavam e arriscavam comer um ossinho artificial.
  Julica (nome provisório), linda e saudável como o irmão.
 
Desejo doá-los para uma família que tenha lugar apropriado para que possam conviver e brincar, recebendo carinho e atenção 
por toda a vida.

2 de janeiro de 2013

Tecendo laços

Manuel Bandeira poetou:
"E a vida vai tecendo laços quase impossíveis de se romper,
Tudo o que amamos são pedaços vivos do nosso próprio ser."
E eu entendi por que depois de os cães e gatos resgatados do abandono, estarem um tempo comigo, parece impossível a separação.
São os laços tecidos pelo convívio que transformam-se em amor (recíproco) e a dor, também recíproca de apartar-se, lacera muito fundo que fica a pergunta: vale a pena?
Num pequeno balanço que fiz de anos que se passaram, não encontrei razão alguma para separar-me deles. Gosto de cuidá-los, de limpar seus cantinhos, de acariciar, pegar no colo...
Por eles abstenho-me de muitas coisas consideradas normais para uma pessoa  na minha idade, saúde e cultura. Sinceramente,  do que me abstenho nada faz falta. Atualmente até as viagens internacionais se resumem a quinze dias pouco mais, pouco menos. Então, separar-me definitivamente deles por uma viagem, uma peça de teatro, um reveillon?  Ao retornar,  recordações não aqueceriam meu coração como a parceria dos animais aquece. 
Sim, como poetou Manuel Bandeira, os laços que a vida tece são "quase impossíveis de se romper"(grifei). Com isso entendo, em relação aos gatos e cães que comigo estão, ser possível doar alguns, mas para que a dor da separação não lacere a alma, os adotantes necessariamente deverão tecer "laços quase impossíveis de se romper", com os adotados.
                                                                  

1 de janeiro de 2013

Mimi escreve para Nina

Começa um novo ano e a exploração felina continua.
Mas hoje desculpo a Beth por ela pedir que eu escreva por ela pois está muito envergonhada. Vocês acreditam que minha querida namorada  Nina e seus pais, lá do Japão tentaram fazer contato para desejar um feliz Ano Novo para nós, não conseguiram e sabem por que? A Beth tem trauma de telefone fixo, então só mantém a linha para termos internet de alta velocidade, mas nem aparelho tem. E, pela primeira vez, desde que tem celular deixou desligado porque descarregou a bateria e teve preguiça de levantar e colocar carregar. 
Então minha princesa amada, estou mandando estas fotos para desejar um feliz 2013 para ti e para minha sogrinha querida e meu sogrinho amado.
Ela até fez um presentinho pra ti minha doce Nina, mas disse que está muito feio, acho que fará mais alguma coisa e mandará para curtirem aí na tua casa.
Receba meus rorons e lambeijocas com muito carinho princesa japonesa dona do meu coração!

30 de dezembro de 2012

Susto na véspera do Natal

Acredito que em razão do susto que levei na madrugada do dia 23 de dezembro, quando meu celular tocou a uma hora, fiquei sem ânimo para escrever.
Durmo cedo e naquela noite, em torno de vinte e três horas o alarme da casa disparou e acordei assustada. Nada grave aconteceu, deve ter sido o vento balançando alguma folhagem entre as barreiras eletrônicas.
Adormeci e fui acordada quase uma hora da madrugada com o toque do celular. Celular tocando de madrugada quando se tem dois filhos morando longe sempre é um susto. Quando vi, era uma ligação não identificada, atendi e um homem disse: "largaram uma caixa com gatinhos na porta da tua casa". Perguntei quem estava falando e como sabia o número do meu telefone. Simplesmente desligou.
Fiquei com medo de ir até a porta pois poderia ser um assalto. Como não ouvi nenhum miado, permaneci no quarto por meia hora até os gatinhos miarem. Então fui até a porta, e encontrei uma caixa com três gatinhos recém-nascidos. 
Bateu o desespero pois nem leite em casa eu tinha. Mamadeira especial para filhotes, nem pensar... Fazer o que? Os mini minúsculos estavam berrando de fome e então lembrei de uma caixinha de leite condensado na despensa. Preparei um leitinho e dei com seringa e os pobrezinhos mamaram avidamente. Depois, fiz o que a mamãe gata faz depois de alimentar os filhotes, estimulei xixi e cocô. Dormiram como anjinhos às seis e meia.
Eles dormiram e eu telefonei para uma voluntária do abrigo que quando posso ajudo. Tive sorte pois o pessoal da ACAPA (abrigo) estava todo reunido num baile em benefício da ONG e logo encontraram quem se dispusesse a cuidar dos bebês. Alívio.
Naquela madrugada o desespero bateu porque foi no dia em que estava programada a viagem para passar o natal com a filha.
Enfim, deu tudo certo, passei alguns dias maravilhosos com parte da família, o jantar de natal foi fantástico, preparado pela filha com o seguinte cardápio: saladas de folhas verdes e tomates cereja, risoto quatro queijos e salmão grelhado com crosta de amêndoas servido sobre leito de frutas frescas, abacaxi, pera e carambola flambadas.
 A sobremesa um cream cheese ou melhor, Käsekuchen com cobertura de frutas vermelhas
 e mais um pudim com o que restou do recheio da torta.
Na quarta-feira choveu, mas mesmo assim encorajei-me a tomar um ônibus, viajar mais de cem quilômetros para encontrar uma querida amiga.
Quinta-feira, finalmente consegui conhecer uma amiga virtual que há mais de um ano planejava visitar e sempre alguma coisa atrapalhava. Conheci Rosana, do blog Amém Mandalas e Manualidades.