"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

4 de maio de 2013

Facilidade em medicar gatos

Tenho um dom e vou repartir com vocês. 
É o dom da facilidade em medicar gatos. 
Hoje foi dia de vermifugar a gataiada. São vinte e nove e todos receberam seu comprimido de Drontal.
A única dificuldade é "caçar" alguns ariscos, como o Raposo e suas irmãs Lindinalva e Lindines e a famosa Mabel.
Na Hauskatzem (gatil) são dezenove.
Não os fotografei porque só lembrei quando iniciei a caça à Mabel, depois de já ter dado o comprimido aos outros.
Para facilitar a tarefa, fiz uma tocaia e ela entrou no quarto verde 
e tranquei a passagem.
Enfurnou-se numa pequena abertura, de uns dez centímetros de altura, num móvel e de lá iniciou a sinfonia de fuzz e fizz.
 Sua mãe, Katy Lu, que já havia tomado a pílula tentou 
esconder a filhotona.
  Mas, não tenho medo de gatos e menos ainda de gato com cara feia, usei minha técnica infalível,  com a mão esquerda imobilizo pela nuca, coloco sobre a almofada onde encravam suas garras e, com a mão direita, comprimido entre o polegar e o indicador, abro a boca do gato com o dedo médio e no mesmo instante coloco o comprimido na garganta dos meus amores.
Depois da tortura logo recebem um beijinho e palavras carinhosas. Lógico que para fazer carinho e conversar com Mabel sou obrigada a continuar segurando pela nuca! 
Já no quarto da sacada, o Lelo querido só faltou pedir repetição, aliás acho que até pediu 
pois não se afastou enquanto Minina recebia o seu
e Kita um pouco a contra gosto engolia o dela.
Estou pensando em ganhar algum dinheiro medicando gatos, o que acham? Será que renderia algum? 
Várias pessoas têm dificuldade em conter os gatos até para um veterinário vacinar  e aqui faço sozinha.
Não sei aplicar injeções, mas para conter gatos nunca tive dificuldade.

2 de maio de 2013

Tarde no parque e crueldade contra animais

Tarde perfeita, neto e filho esperando na rodoviária, fomos ao parque, onde o pequeno divertiu-se muito no pula pula, no carrinho, na charrete e eu muito feliz em ver a alegria e inocência do nosso Pintinho.
Depois de algum tempo, preparando a retirada estratégica, sem choros e teimas, paramos na academia ao ar livre, onde o neto brincou conosco nos aparelhos, até que apareceram dois meninos com idade entre 10 ou 12 anos, um dos quais trazia nas mãos um pequeno pote plástico com algo dentro, que à distância não dava para ver o que era. Até que o potinho foi aberto e de dentro saiu um ratinho.
Aproximei-me para ver e perguntei ao menino:
- Compraste?
- Não, ganhei num jogo.
- Tu sabes como cuidar desse animalzinho?
- Sim, eu tinha criação deles, mas os gatos mataram e aí matei os gatos...
Afastei-me pasma, meu filho não reparou mas passei mal, fiquei tonta, afastei-me mais para ficar o mais longe possível da criatura que, se com dez anos faz isso, o que fará aos quinze?
Ah, Schopenhauer, infelizmente ontem fiquei frente a frente com um menino que não tem nenhuma compaixão por animais e consequentemente, a não ser por razões que não vislumbro, tornar-se-á um adulto sem bondade de caráter.
E, crueldade não é apenas "matar gatos", mas também colocar peixes em minúsculos aquários, pássaros em gaiolas, cobras em viveiros e cachorros em correntes, como bem demonstram as imagens abaixo. 
Voltando ao menino que "ganhou num jogo" um ser vivo, questiono primeiro, como é que a um menino é permitido apostar em jogos de azar, num parque de diversões instalado dentro de um Parque de Exposições, um dos maiores e mais lindos do Rio Grande do Sul? E, como se permitem animais como prêmios?
É dessa maneira que se deseja cidadãos decentes para o Brasil no futuro?