"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

9 de março de 2012

Mais restrições à liberdade no quintal

Para ter liberdade, há que merecer!
Retomo hoje meu lugar como "contadora das histórias" pois embora a maioria das fotos seja da ilustre Kita, a protagonista do sufoco fui eu. As fotos da pestinha, da primeira até a quinta deveriam ter sido postadas ontem, mas cadê coragem, sem saber onde ela estava? 
Pois é, essa carinha inocente, dentro da caixinha 
dos tesouros da Vó Lilly.
Aqui dorme tranquila no "porta casacos". 
Aqui e na próxima dorme como anjo sobre a lareira.
Estava ela ontem à tarde, tomando banho de terra com a Zóio  * e eu queria subir para costurar. Tentei caçá-la mas fez com que eu andasse atrás dela por mais de quinze minutos, cansei e quando desci já havia escurecido (saudades do horário de verão), abri a porta chamei Zóio e Kita, a primeira veio e da segunda nem sinal.
Até quando fui deitar, perto de meia noite, 
saí fazendo ronda pela vizinhança mas desisti.
Quatro e quinze da madrugada, escuto através da janela do meu quarto seu miado. Abri a janela e a figurinha estava do outro lado do muro e não conseguia sair.
Que fazer? O óbvio, desligar os alarmes, aguardar telefonema do monitoramento (é imediato quando há ocorrência antes do horário normal), pegar uma lanterna potente, mesmo com lua cheia e, tentar convencer Kita subir por um local menos alto pois através da tela eu conseguiria pegá-la. Meia hora de conversa, nada. Peguei uma tábua muito pesada, que uso para erguer o varal no quintal, com mais de dois metros de comprimento e iniciei a empreitada de colocar o artefato sob a cerca até a janela da garagem do prédio para fazer uma ponte. Não gostou da ponte.
Consegui, inclinar os dois metros e meio de madeira para fazer uma rampa e ela não subiu. Cinco e meia, peguei algumas medidas de ração, joguei para ela e voltei ao quarto, trancafiei tudo para não ouvir os miados. Dormi até às sete, levantei e voltei à lida, chamei, implorei e do outro lado só miados. Entrei, comi um pedaço "daquele" bolo de bananas e decidi que às oito e meia ligaria para uma conhecida no prédio e buscaria a felina. 
Não foi preciso, ela veio sozinha quando decidiu 
ainda antes das oito horas...!
Decisão tomada, só têm liberdade aqueles que merecem, ou seja, três ou quatro, lembram que liberei o quintal com restrições? aqui  A da Kita e do Nino terminou hoje. Já providenciei tela para colocar em duas janelas no andar superior, trabalho para a super Ana e eu no final de semana.
Enquanto eu caminhava dois quilômetros, termômetro da rua marcando 34° a Kitinha dormia sossegada, 
eu  andando pela rua carregando esse pequenino rolo de tela.
 As brincadeiras de esconde esconde reiniciaram hoje à tardinha, vejam onde a encontrei,
no armário da cozinha, ao lado da compoteira de cristal.  
Saímos ilesas de nossa aventura madrugadora e da liberdade restrita ao interior da mansão e dos armários.

8 de março de 2012

Gatos, panos e poses

Francisco encontrou um lugar para dormir, na segunda prateleira da estante. Não sei como consegue subir ali sem derrubar nada.
Sono profundo, ao lado do termômetro marcando 26° 
no andar inferior da mansão.
Mimi dormindo numa gaveta que estou arrumando há mais de um mês, dorme ali noite e dia.
Chuvisco esparramado no andar de cima, temperatura de 31°.
 Mimoso também esparramado, derretendo no calorão.
Hoje não teremos história porque estou trabalhando alguns paninhos, no forno do andar superior. Enquanto estou costurando à máquina, Luky e Nino estão disputando a janela.
Luky desistiu e Nino como ficou sem alguém para espancar,
deitou sobre a máquina para me atrapalhar, resmungando o tempo todo até eu radicalizar e colocá-lo escada abaixo... 
delicadamente é óbvio.
Quando desci para fazer um lanche ele estava muito querido, ronronando e quando viu o suco de caju ser retirado da geladeira, imediatamente subiu no fogão onde estava a garrafa térmica, com água gelada, sou gaúcha mas não sou doida para tomar água quente nesse verão senegalês. Notem que ele está se lambendo.
Fiquei com pena, preparei meu copo de suco, coloquei um pouco num potinho e o danadinho tomou tudo.
Agora, novamente aos panos, deve estar mais agradável a temperatura lá em cima, pois já são 20:30.

7 de março de 2012

Kita - descarte felino

Olá, fazem quinze dias que estou aqui na "mansão", sempre que desejam que faça algo dizem Kita, acho que é meu nome. Sou uma gatinha linda, com desenhos perfeitos e simétricos em todo o meu corpinho. Notem as pintinhas pretas de onde saem meus bigodes. Além de linda sou muito inteligente.
Morava numa outra casa, era bem legal mas um dia fui banhada, deram-me um comprimido e alguém colocou-me para dentro do jardim da "mansão" e disse que era para miar na porta do lado.
Miei e logo escutei uma mulher de dentro da "mansão" dizer que não reconhecia o miado. Veio até a porta e eu entrei, como se morasse ali desde sempre.
 Minha intuição disse que o lugar era acolhedor para gatos.
Logo que cheguei já fui levada para cima, onde a acolhedora iria lidar com uns panos. Me esbaldei em cima da mesa com um gato muito sério, o Belo, brinquei com seu rabo, diversão pura.
Mas, na verdade meu dom é para a cozinha, com os panos não foi muito bom, a acolhedora logo desistiu deles porque o Belo e o Francisco não deixavam ela fazer as coisas direitinho.
Gosto muito de ficar sobre o fogão, quando a tampa está fechada, estudando os botões e já descobri qual é o do forno.
Outra coisa que amei na "mansão", é que posso ficar sobre a mesa desde que não enfie o nariz nos alimentos, não me coce, enfim, fique parada como uma esfinge. Aí estou entre os ingredientes de um bolo muito delicioso que a acolhedora fez ontem. Aqueles frascos que aparecem atrás de mim um é de álcool gel que ela esfrega o dia inteiro por tudo e o outro, tem álcool e cravos da índia  e é borrifado para evitar que as moscas  entrem na "mansão" e, também é borrifado de longe nos gatinhos que não ficam como eu, quietinhos feito esfinges (depois de levarem a primeira borrifada).
Hoje a sala recebeu um ramalhete de flores para alegrar o ambiente e logo fui verificar se estava tudo certo, 
o vaso bem firme, a água fresca.
Sim, tudo ficou perfeito, inclusive as pedrinhas que a acolhedora colocou no fundo do vaso para ele ficar mais pesado do que já é e à prova de gatinhos bagunceiros.
Ahã! Lembraram de mim? Já estive aqui no blog logo que cheguei e fui obrigada, mesmo sem saber falar direito, contar a história do calorão e dos panos.
 Pois é, mas agora já sei escrever um pouco melhor então resolvi contar como aqui cheguei e como estou bem adaptada.