Para ter liberdade, há que merecer!
Retomo hoje meu lugar como "contadora das histórias" pois embora a maioria das fotos seja da ilustre Kita, a protagonista do sufoco fui eu. As fotos da pestinha, da primeira até a quinta deveriam ter sido postadas ontem, mas cadê coragem, sem saber onde ela estava?
Pois é, essa carinha inocente, dentro da caixinha
dos tesouros da Vó Lilly.
Aqui dorme tranquila no "porta casacos".
Aqui e na próxima dorme como anjo sobre a lareira.
Estava ela ontem à tarde, tomando banho de terra com a Zóio * e eu queria subir para costurar. Tentei caçá-la mas fez com que eu andasse atrás dela por mais de quinze minutos, cansei e quando desci já havia escurecido (saudades do horário de verão), abri a porta chamei Zóio e Kita, a primeira veio e da segunda nem sinal.
Até quando fui deitar, perto de meia noite,
saí fazendo ronda pela vizinhança mas desisti.
Quatro e quinze da madrugada, escuto através da janela do meu quarto seu miado. Abri a janela e a figurinha estava do outro lado do muro e não conseguia sair.
Que fazer? O óbvio, desligar os alarmes, aguardar telefonema do monitoramento (é imediato quando há ocorrência antes do horário normal), pegar uma lanterna potente, mesmo com lua cheia e, tentar convencer Kita subir por um local menos alto pois através da tela eu conseguiria pegá-la. Meia hora de conversa, nada. Peguei uma tábua muito pesada, que uso para erguer o varal no quintal, com mais de dois metros de comprimento e iniciei a empreitada de colocar o artefato sob a cerca até a janela da garagem do prédio para fazer uma ponte. Não gostou da ponte.
Consegui, inclinar os dois metros e meio de madeira para fazer uma rampa e ela não subiu. Cinco e meia, peguei algumas medidas de ração, joguei para ela e voltei ao quarto, trancafiei tudo para não ouvir os miados. Dormi até às sete, levantei e voltei à lida, chamei, implorei e do outro lado só miados. Entrei, comi um pedaço "daquele" bolo de bananas e decidi que às oito e meia ligaria para uma conhecida no prédio e buscaria a felina.
Não foi preciso, ela veio sozinha quando decidiu
ainda antes das oito horas...!
Decisão tomada, só têm liberdade aqueles que merecem, ou seja, três ou quatro, lembram que liberei o quintal com restrições? aqui A da Kita e do Nino terminou hoje. Já providenciei tela para colocar em duas janelas no andar superior, trabalho para a super Ana e eu no final de semana.
Enquanto eu caminhava dois quilômetros, termômetro da rua marcando 34° a Kitinha dormia sossegada,
eu andando pela rua carregando esse pequenino rolo de tela.
As brincadeiras de esconde esconde reiniciaram hoje à tardinha, vejam onde a encontrei,
no armário da cozinha, ao lado da compoteira de cristal.
Saímos ilesas de nossa aventura madrugadora e da liberdade restrita ao interior da mansão e dos armários.