"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

30 de setembro de 2011

De mãe para filha, de filha para mãe...

A terra gira, o tempo passa, anos 20, cuidada pelos pais
anos 50/60 atleta, campeã estadual individual de bolão,
início dos anos 70, aventurando-se com genro, filha e neta num Fusca rumo à praia de Itapema
início dos anos 80 no aeroclube "repreendendo" o neto, futuro piloto
e hoje, ano 2011, sendo cuidada por filha e netos.
Tudo muda, o tempo não pára, a terra continua girando, as fraldas trocam de mãos e corpos. Quem um dia teve as suas trocadas, trocou dos filhos e netos, hoje tem as suas por eles trocadas.
Bom que as coisas mudam, a tecnologia avança, antigos panos, alvejados  ao sol e passados a ferro, deram lugar aos descartáveis, facilitando a vida de quem hoje vê a mãe trocando de papel com netos e bisnetos...
É mãe, já foste cuidada por teus pais, cuidaste do mano e de mim, muito ajudaste cuidar teus netos, foste parceira nos bons e maus momentos.
Nos anos 80 pode-se dizer que aproveitaste a liberdade viajando muito, várias vezes levando um dos netos, proporcionando que conhecessem cidades que eu só bem mais tarde, em razão do trabalho conheci. Mas, se pude trabalhar, crescer na profissão, aprender, foi porque na retaguarda estavas sempre dirigindo o lar, mantendo a ordem e o bem estar do neto que mais tempo em casa ficou. O teu Tiaguinho, neto mais novo e protegido que hoje,  muito auxilia no teu bem estar, mesmo longe, dando suporte financeiro.
Espero por muito tempo ainda poder seguir trocando contigo o papel de cuidadora, fazer as comidinhas que gostas, oferecer-te "porcarias de padaria" que agradam teu paladar e por tanto tempo te privei, em prol de mais tempo saudável. Agora, já estás no lucro e tudo que cause alegria procurarei atender.
Tenho certeza, mesmo mas noites mal dormidas, Deus está presente e se aceitamos Seu cuidado, não farão falta. 

29 de setembro de 2011

Ele voltou!

Para minha alegria, o jardineiro voltou. Após meses de hibernação, ele apareceu para desbravar a floresta de umas poucas árvores e muitas ervas esteticamente não muito de acordo com os padrões do bairro.
Não tenho nada contra a flora que abunda no quintal nos meses de inverno. Penso que até protege a grama. Mas, como salientei, fere a estética do bairro. Então tá.
 As cadelas não estão muito contentes com a "descoberta" de seus tesouros sob as ervas. Até o "filhote sapato" da Tita apareceu.
Certamente assim que o jardineiro terminar seu trabalho as meninas voltarão às escavações.
Mula passou a tarde fiscalizando a capina à sombra da amoreira.
Espero que a chuva não apareça até amanhã para que tudo possa ser finalizado.

Os leitores costumeiros devem ter estranhado terem sido feitas duas postagens hoje, mas a primeira, "Ha amor em mim" é para a participação na blogagem coletiva da Elaine Gasparetto, só que não consegui mandar para lá (dã).

Há amor em mim

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Hoje posso dizer com certeza que há demonstração de amor em mim. Sim, demonstração porque entendo o amor como uma qualidade inata, nos dada de presente por Deus. Mas, amor como outros dons inatos, precisa ser desenvolvido.
Amor não é palavra, é atitude que se desenvolve pouco a pouco, aprende-se no dia a dia e é absorvida conforme valores são adquiridos com a família ou no orfanato, na escola ou no presídio, com amigos, natureza, com os animais.
Quem ama respeita e quem respeita, cresce cada vez mais no amor e sente isso no coração, sem que ninguém diga expressamente.
Ilustrando o amor que há em mim, apresento, para quem não conhece e, para quem conhece, repito, a história do resgate do gato Vitinho.
Estava, em finais de junho, inverno rigoroso, temperaturas negativas, auxiliando como voluntária num abrigo para animais abandonados, quando já pronta para sair, fui chamada para atender uma pessoa que estava trazendo um gato para albergar.
Ao chegar perto a decisão foi rápida e correta. Aquele gato não poderia permanecer ali, sem cuidados constantes.
Fui informada ter sido o gato encontrado em um terreno baldio, sujo, magro e com uma "bola" na carinha. Foi providenciado atendimento veterinário, onde cirurgião removeu a bola, diagnosticada como tumor maligno, recebeu tratamento contra vermes e pulgas e foi banhado.
Vitinho
Conforme decidi, trouxe-o para casa onde cuido de mais de vinte gatos e nove cães. Aqui chegando decidi que seu nome seria Vitinho (de vitória), acomodei-o num quarto confortável, com aquecedor ligado nos dias mais frios. Durante mais quinze dias continuei tratando-o com antibióticos receitados pelo veterinário cirurgião. Depois de finalizado o tratamento, providenciei sua castração a qual a veterinária ficou com medo de fazer porque poderia não resistir à anestesia. Transcorreu tudo bem, assumi a responsabilidade.
Depois de castrado, Vitinho passou a conviver com os outros gatos, tomando sol, alimentando-se bem e assim foi até o início de setembro quando ele pulou duas grades de mais de dois metros e fugiu. Resgatei-o no mesmo dia e mantive-o em seu antigo quarto. Ainda em agosto ele passou a rejeitar a ração e então passei para a carne moída oferecida duas vezes ao dia e ele aceitava, desde que fosse na minha mão. Água apenas tomava se colocasse a mão no potinho. Importante dizer que sua aparência piorava dia a dia, estava magro, todo o lado direito da carinha havia deteriorado, seus lindos olhinhos verde água precisavam serem limpos duas vezes ao dia para retirar as secreções que os fechavam completamente e, o cheiro era, muito ruim.
No domingo à noite, dia vinte e cinco de setembro, após dois dias praticamente sem comer, apenas tomando água, sentei-me com ele no colo e conversamos, ele ainda ronronava bem baixinho, e disse-lhe que se desejasse passar a Ponte do Arco Íris naquela noite, poderia fazê-lo e eu não ficaria triste. No outro dia, pela manhã quando abri o quarto, o encontrei deitado na almofada, já inerte. Poupou-me, no seu imenso carinho a difícil, quase impossível tarefa de levá-lo para dormir.

28 de setembro de 2011

Hauskatzen - Nino Branco

Ainda sou um gatinho muito jovem, não tenho nem um aninho, mas hoje reivindico a palavra.
Estou aqui na janela, podem ver que estou falando. 
Se ela não me deixasse escrever, pularia aqui de cima!
 Gente, a confusão aqui em casa está enorme. Ela quase não tem tempo de ir lá em cima para ver os parceiros da Hauskatzen. Mas o pessoal entende que não é porque deixou de gostar de nós gatos. É que a mãe humana dela está muito dodói, parece um bebê e como nós já estamos grandes, deixamos que cuide da vó Lilly. Não nos falta nada, ração, água, camas limpinhas, areia limpa, ah! e ela deixou a cama grandona dela só para nós enquanto ela dorme na cama "vintage", no quarto perto da vó.
Pois é, andei lendo nos blogs amigos que andam já falando em Natal. Achei um boneco de feltro, todo em fuxicos, feito há alguns anos e estou dando uma ajeitada nele, para ajudar.
Está um pouco sujinho então vou lavá-lo.
Cruzes, que pé fedido!
O gorro parece que não está muito sujo.
Hi,Hi, aproveito para brincar um pouquinho...
Acho que dei um nó no coitado do Noel!
Sou muito prendado, adoro artesanato, ajudei ela fazer umas letras de feltro para presentear a Isadora.
Engraçado, quando chegou a melhor hora, colocar as miçangas e outras coisinhas ela disse que eu precisaria ficar com os gatos de cima. Queria tanto ajudar!
Estão aí, as letras no nome da Isa
Pena que não aparecem as florzinhas aplicadas e os enfeitinhos, mas são todos em rosa.
Antes que esqueça, "ela" é a Beth! 

26 de setembro de 2011

Triste e Feliz!

A tristeza é pela partida e a felicidade por ter sentido a alegria da convivência com Vitinho!
Quando Vitinho foi abandonado, depois resgatado, operado(mutilado) e quando chegou até minhas mãos, não estava preparado para passar a Ponte do Arco Íris.
Mas, ontem percebi, quando ofereci a porçãozinha de carne moída diária e ele aceitou apenas um pouquinho, que havia chegado a hora de conversarmos seriamente.
Disse à ele que se quisesse partir para o Arco Íris não ficaria triste e também que se ele não pudesse passar sozinho, hoje à tarde o levaria até uma clínica onde seria colocado para dormir.
Não foi necessário fazer isso, ele valente como sempre foi, que mesmo desfigurado manteve sempre a postura de gato independente, entregou-se a São Francisco e partiu quietinho.
Encontrei-o na metade da manhã, deitado sobre sua almofada, inerte.
Poupou-me ter de olhar seus olhinhos no final.