"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

16 de julho de 2011

Hauskatzen - Ação de Despejo - Em defesa da Beth

Os adultos da Hauskatzen deixaram meu irmão Nino Lelo perto do computador e ele escreveu aquelas baboseiras todas, sobre despejar a Beth.
"Pelamordedeus", a turma da Hauskatzen acho que não têm noção do que é morar na rua ou na ACAPA. 
Ah, e aquela tal Rutha que fique na dela, porque se houver revolução aqui, na rua não ficaremos e para a ACAPA não iremos. Vamos repartir o "bando" e uma parte vai para Joinville e outra para Rio Grande.
Sou Nino Branco, já morei na Hauskatzen e é muito bom lá. Agora passo a manhã aqui em baixo porque aprendi pular janela e sacada com minha mãe Dulce, mas a Beth disse que sou meio bobinho e não posso ir prá rua, só porque um dia resolvi tirar uma soneca no meio da rua, acho que não aconteceria nada, os carros iriam desviar. Mas, tudo bem, enquanto as janelas de cima estão abertas fico aqui em baixo.
Olhem que amor minha pose dentro da caixa de "panos"
quando ainda era um bebê.
Acho que tenho um probleminha de saúde, quando corro e brinco muito, logo canso e me jogo no chão feito panqueca. Beth pensa que deve ser no meu coração, alguma coisa que funciona de maneira errada. Quando a mana humana Aline vier prá cá vou pedir um exame com estetoscópio. Ela é pediatra, e eu sou criança, então deve saber auscultar meu coração. Prá dizer a verdade, acho que meu coração é muito cheio de amor porque a Beth não doou minha mãe, meu irmão (fofoqueiro) e eu, por isso canso.
Amiguinha Ruthinha, bem bom se a Beth colocar o colchão na cozinha, aí não preciso repartir a cama de cima com a Bina, Pudim, Fi, Picolo, (caninos) e Francisco, Katy Lu e Dulce (felinos).
Vejam que linda minha pose dormindo na cadeira da cozinha!
Acho que essa história de "despejo" ainda irá render...

15 de julho de 2011

Hauskatzen - Ação de Despejo

Boa noite, sou Nino Lelo, gato amarelo, filho da Dulce, irmão do Nino Branco e apresento-lhes a decisão tomada pelos moradores da Hauskatzen:
Iniciamos um movimento para despejar a Beth do andar de cima da casa. O quarto, que ela diz ser dela, hoje  o recém chegado Vitinho (gato sem nariz arrg) que todos pensávamos fosse um lord, vejam onde decidiu passar a tarde:
no meio do travesseiro da Beth.
Bem que a Fi tentou impor respeito, mas o gato de "nariz furado", virou a cara prá ela.
A Zóio tomou conta do casaco da Beth, assim que ela colocou-o sobre a mesa depois de tirar do varal. Claro que ficou sendo sua nova cama. 
Hoje resolvemos explorar a máquina de lavar roupas por dentro,
Ainda não decidimos o que fazer para a Beth parar de colocar água sobre as roupas  dentro da máquina. Quando as roupas estão secas e ela as está colocando dentro, disputamos à unhadas os minutos que podemos ficar cheirando as peças. É uma decisão complicada, podemos roer o cano d'água, ou o fio da luz, mas e se ela ficar furiosa e fizer chhhchhh e fzzzz fzzzz prá nós, e vá que nos leve para a ACAPA, é, precisamos conversar com os mais velhos.
O banheiro dela, há muito tempo o Francisco tomou conta e agora tem a ajuda do meu irmão Nino Branco.
Vejam como está a parte de madeira da parede do atelier, cheia de pregos onde os trabalhos, da Beth, são  colocados em sacolas e precisam ficar pendurados porque os queridinhos que ficam nas três peças da frente, fazem xixi  em cima se forem deixados sobre algum móvel. 
A Minina está dando o maior apoio para despejarmos a Beth para o quartinho de baixo, anda louquinha prá conhecer a sacada e o pé de canela. Ela não cabe mais na chaminé onde dormia!
Nós não somos maus, a decisão não é apenas nossa. Escutamos a Beth falando com uma amiga que o quarto de baixo ela pode decorar em estilo "vintage", sei lá o que é isso. Mas se demorar muito o despejo se dará com quarto "vintage" ou sem. E tenho dito.

14 de julho de 2011

Respeito aos Gatos Albergados


Estou chateada. Ontem e hoje não pude ver os gatinhos da ACAPA. Nem sempre as coisas funcionam conforme nossa desejamos. 
Às vezes se tem vontade de pular do barco "voluntários em albergues para animais". 
Mas, a ternura que sinto nos gatos obriga a manter a minha, mesmo sendo necessário endurecer um pouco o coração. Gatos merecem tudo de bom. Entre os animais domésticos é o que mais sofre com a indiferença, maus tratos, indignidade.
Faz-se o possível, mas o possível é muito pouco. 
Gatos são auto suficientes, detestam mau cheiro, tanto que enterram seus dejetos. Limpam-se com capricho ímpar. Apenas exigem dos humanos as três palavrinhas mágicas AMOR, TOLERÂNCIA E RESPEITO. Para seres humanos normais, amar gatos é simples, tolerar a quem amamos facílimo, mas, respeitar será simples e fácil? 
Lanço uma pergunta ao vento: COMO RESPEITAR UM GATO ALBERGADO? Prometo procurar a resposta e conto com os leitores. Lembrem-se: gatos amam liberdade, detestam umidade, gostam de aconchego e acima de tudo, não suportam sujeira. Falo com a sabedoria que os habitantes da Hauskatzen ensinam para mim todos os dias.
Seria muito bom se humanos residentes em casas com quintal, fizessem adaptações para poder conviver com alguns gatos, lembrando sempre de CASTRAR.
Abaixo alguns modelos de espaços para gatos em semi liberdade.




 O gatil na ACAPA pode ficar assim, faltam apenas os troncos.
Dentro, na ACAPA, o piso já está perfeito, necessita apenas a retirada de móveis que acumulam ácaros.
Entre todos, melhor  é a árvore!
Todas as imagens apresentadas foram retiradas da Internet.

13 de julho de 2011

Família, passado e presente!

Enquanto o casal, Antoninho e Lilly passeavam com amigos e o filho Egon, no automóvel "conversível", pelas ruas de Getúlio Vargas, 
meu avô estava sempre às voltas com a política, desde as campanhas pela emancipação de Erechim e posteriormente de Getúlio Vargas, até aderir ao Integralismo de Plínio Salgado. 
Acompanhou a trajetória de Plínio Salgado desde 1936, após a criação da comissão técnica denominada Ação Integralista Brasileira

Carazinho recebeu a visita de Plínio Salgado, então candidato à Presidência da República, ficando hospedado  na casa que meu avô  construiu em Carazinho, em meados dos anos 1940.


Plínio Salgado saindo da casa anos 1950
Comício 
A mesma área e porta em 2011
É nesta casa que resido há quase quarenta anos. Não foram feitas reformas externas, apenas alguma modificação interna. A dificuldade em encontrar mão de obra para restaurar casas antigas é imensa. E, quando encontrada, com o valor requerido constrói-se quatro "casas modernas". Então vai ficando assim:
Frente parcialmente oculta por árvore de canela e pitangueira, sombra maravilhosa no verão, estacionamento muito disputado.
Lateral com vista para as árvores do quintal, com destaque para a linda araucária.
Escada lateral, com a presença do Kity, Mimi, Rubi e Nausy.
Lateral andar de cima sacada, frente

Lateral, andar de cima, centro
Lateral andar de cima fundos
É aqui que convivemos, mãe, eu e... gatos e nove cães!

12 de julho de 2011

Hauskatzen e Cães de Rua

Imagens do dia

Ruby quase "torrando" em frente à estufa
Ruby refrescando-se na pia da cozinha!
Lindo ver onde chega o amor de alguém. Este homem mora na rua, em São Paulo e adotou vários cães que com ele convivem
Recebi por email, as imagens e a história,  muito linda!

Guardar Para Recordar

O documento abaixo foi redigido em vinte e oito de março de 1871. É o registro de nascimento/batismo de uma das filhas de Gotfried Genehr e Elisabeth Lautert. A menina nasceu no navio que os trouxe da Alemanha para o Brasil no ano de 1861. Transcreverei as palavras, tais como estão escritas.
"Estracto"
"do Registro do Baptismo da Igreja Evangelica de São Paulo no quarto Distrito do Termo de São Paulo, no livro respectivo as folhas 62.
No anno de mil oitocentos sepsenta e um (1861) aos vinte e cinco dias do mez de Julho nasceo
Elisabeth Paulina Genehr,
filha legitima de Frederico Genehr e Elisabeth Lautert Genehr, e baptizada no dia vinte e tres do mez de setembro de dito anno.
Forão padrinhos: Carlos Caspar, Frederico Rienschneider, Elisabetha Caspar, Elisabetha Rienschneider.
Estrahido do proprio original a quem me reporto.
Quarto Distrito de São Leopoldo 28 de Março de 1871.
O Pastor primar... Culto Evangelico João Haesbaert"
No documento está colado um selo do Imperio do Brasil no valor de 200 Réis.
O nome do pai, originalmente Godfried, foi "aportuguesado" para Frederico.

Aqui mostro um cartão, feito por mim aos oito anos de idade, na escola, quando cursava o terceiro ano primário, para homenagear a mãe por ocasião do Dia das Mães daquele ano de 1961.
 Desnecessária transcrição, está legível! 
Com nove anos e cursando a quarta série, a filha Aline elaborou um cartão, no meu aniversário, em seu nome, do irmão Tiago e da vó Lilly.
O próximo, não é tão antigo, mas mostra um pouco  o hábito que temos, de nos expressarmos por escrito. Foi um agradecimento, por um final de semana que proporcionei para a família, vindo através de um pé de violeta e cartão escrito à mão por Tiago, meu filho.

10 de julho de 2011

Fragmento da História da Família em Getúlio Vargas

Ao retornar para a casa dos pais em Luiz Englert, após tornar-se Dentista Prático Licenciado, meus avós casaram em 1922 e estabeleceram-se em Getúlio Vargas. Além de exercer a profissão de dentista, ao mesmo tempo foi proprietário de uma livraria.

As fotos acima são da praça de Getúlio Vargas, hoje remodelada. Na casa de madeira, no canto direito minha mãe brincou muito e eu, na adolescência, várias vezes ali fiquei hospedada e assisti na televisão, antes de ir para um baile, no dia 20 de julho de 1969, a chegada do homem na lua.
Na época, a casa pertencia a amigos do meu avô e avó e hoje ainda pertence aos descendentes. Vai longe o tempo, os mais velhos partiram, mas o carinho e a amizade permanecem ainda hoje. O prédio de alvenaria é o Clube Aliança, onde meus avós, pais, eu e minhas amigas, muito nos divertimos.
Em vinte de fevereiro de mil novecentos e quarenta e seis, meus pais casaram, apenas no civil porque as religiões eram opostas, pai Católico e mãe Evangélica de Confissão Luterana.


Casamento ecumênico, naquela época, nem pensar e para casarem na Igreja Católica, a mãe teria que ser batizada novamente com que não concordaram nem ela nem o pai. Mãe trocou o vestido de noiva por um conjunto de sofá e duas poltronas, desde jovem prática e decidida. Foi um namoro bastante tumultuado porque meus avós maternos não aceitavam meu pai por não ser alemão.

Nos relatos anteriores ficou claro que os ascendentes da mãe, tanto paternos quanto maternos, eram alemães e, na foto onde o pai está assinando o Livro de Registro Civil, nota-se pelo tom da pele e feições que de alemão ele não tinha nada. Seu pai era imigrante Libanês e a mãe italiana. 
Mesmo o namoro sendo difícil, esperaram até a mãe atingir a maioridade em vinte e um de dezembro de mil novecentos e quarenta e cinco. Assim, ao completar vinte e um anos  comunicaram que se casariam dentro de dois meses e assim fizeram. Importante salientar que nunca houve inimizade entre as famílias, pelo contrário, meu pai a partir do casamento teve no meu avô materno um segundo pai.
O primeiro fruto da união, nasceu em onze de dezembro de 1946, dez meses após o casamento. 
O casal com o filho mais velho no primeiro aniversário.