"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

25 de janeiro de 2012

Passeio ao passado

Semana passada fiz um pequeno passeio em uma cidade muito importante para mim.
Fui recebida como sempre, desde os anos 1960, com muito carinho.
Dormi nesta cama coberta com colcha em crochê feita pela tia,
sob a luz deste lustre/abajur coberto de fuxicos, 
obra "da casa" também.
A tia faz seus trabalhos de costura, principalmente patchwork a moda antiga, unindo retalhos nessa  máquina de costura que pertenceu à sua mãe,
 minha avó que partiu quando eu tinha dois aninhos apenas.
Ela reparou que fiquei curiosa com o conteúdo do vidro junto à máquina e explicou-me que são os pedacinhos de fios de linha que são cortados e normalmente vão para o lixo e ali são guardados para decorar o vidro internamente. 
Quando está cheio recebe tampa decorada. Ideia genial.
Aqui minha mão conferindo o conteúdo do vidro.
Além dos patchworks, a tia faz também em tricô, roupinhas para bebês carentes nascidos no hospital da cidade.
E, como capricho pouco é bobagem, também faz geleias como esta aqui, de uvas colhidas da parreira cuidada por ela e a mim presenteada. 
E não poderia faltar uma "costurinha" feita por ela 
a linda capinha para garrafa, que agora desfila na minha cozinha!
A tia, irmã mais nova do meu pai, completará oitenta anos no dia 29 de março. Exemplo de vida que a deixou viúva aos trinta e poucos anos, com sete filhos para prover e educar. Todos são formados em curso superior, filhos maravilhosos, netos queridos. 
Duas filhas permanecem com ela no ninho que a todos acolhe
e trabalham com estética feminina.

22 de janeiro de 2012

Não canse quem te quer bem

(trecho texto Martha Medeiros, fotos Beth Zir)
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     Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos causos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. 
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O título e um trechinho do texto da Martha Medeiros servem de gancho para postar algumas fotos do dia de hoje, combinadas com outras antigas que provável não interessem a muitos,
 mas que amo.
       Minha corujice de mãe e avó leva a publicar fotos muito queridas. Hoje à tarde meu filho Tiago convidou para ir ao aeroclube da cidade com o netinho. Aeroclube, desde a década de 1970 era nosso local preferido para os passeios domingueiros. 
Lá estando, pude recordar quando Tiago tinha a mesma idade do Germano (seu filho) hoje, mais ou menos um ano e quatro meses, quem fotografou fui eu e os protagonistas eram o Tiago menino e a Vó Lilly.
Pista ainda de grama, mas a diversão era semelhante.
Aqui Tiago com seu papai posando atrás de um profundor.
Já, abaixo, duas formosas joias do tesouro que é minha vida, 
Tiago e Germano.
Valeu a observação do Tiago, "pena naquela época não serem digitais as câmeras". Realmente, as câmeras necessitavam filmes e os filmes revelação, tudo dispendioso. Por isso hoje aproveito muito minha querida câmera digital.
Acredito que aqueles passeios domingueiros influenciaram a decisão do Tiago aos dezesseis anos de tornar-se piloto, o que realmente efetivou-se. Hoje, profissão diferente, voar apenas como passageiro. Talvez na aposentadoria retome a aviação como hobby.
Espero não ter cansado os leitores com minhas reminiscências mescladas com o presente.