Apenas três dias tem o novo ano e logo ao acordar recebo a notícia de que uma das minhas tias, irmã do pai, faleceu.
O motivo? Era hora dirão alguns, já tinha mais de oitenta anos, dirão outros. Mas era uma mulher ainda ativa, morava só, cuidava da casa, fazia refeições maravilhosas.
Ah, esqueci o motivo. Tenho certeza que todos já ouviram falar, se também não foram vítimas, do golpe do falso sequestro. Eu já fui, mas nunca me pegaram. Já tia Rosa, nos seus 82 anos ao receber de madrugada um telefonema onde alguém disse que seu filho havia sido sequestrado e exigindo número de conta bancária e senha, mesmo que logo após fornecer os dados tenha falado com o filho e se certificado de que ele estava bem, foi muito pesado para seu coração. Meu primo, depois de ter tomado as providências legais, antes mesmo das nove horas da manhã, retornou à casa da mãe e a encontrou sem vida, sentada na mesma poltrona em que a havia deixado mais cedo.
Lamentável que esse golpe tenha feito mais uma vítima, tia Rosa não foi a primeira e não será a última a ter sua vida abreviada por conta de criminosos que se valem da ingenuidade de pessoas de bem para conseguirem seus intentos.
Fique bem querida tia, onde estiveres.
Desejo que possas sempre ver rosas ao teu redor e, se encontrares com tua querida cunhada Lilly e teu mano Antoninho,
afague-os por mim!