"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

23 de julho de 2011

Festa de Aniversário - Gatos Brincando

Enquanto outros gatos caminham sobre o teclado, Mimi senta ao lado do monitor e observa meu trabalho!
Tivemos hoje uma tarde ímpar. Fomos, mãe e eu abraçar vizinha que está comemorando oitenta e nove anos, na residência da filha.  Minha mãe, oitenta e seis, comportou-se antes da "festa" da mesma maneira como era meu comportamento, enquanto aguardava o momento de, há mais de cinquenta anos, ir nas festinhas de aniversário. A ansiedade tomando conta. Ganhou sapatos novos para seus velhos pés, escolheu a roupa, combinando cores e, pouco antes da hora marcada, saímos de casa.  O trajeto, menos de 30 metros foi penoso, mais para mim (mera observadora) que para ela. Mãe usa andador para auxiliar a caminhada, mas mesmo assim, sua marcha é muito lenta. Atravessar a mesma rua, onde quando crianças brincávamos, fazendo bolinhos de barro após o banho de chuva, hoje transforma-se em aventura. Os motoristas não respeitam ninguém, pedestre idoso então..., foi necessário usar gestos enfáticos para que um condutor, quase ao final da nossa travessia, usasse o freio. Mas, dificuldades fora, a tarde foi muito agradável. A amiga de infância que proporcionou o chá com "delícias" comemorando mais um ano de sua mãe, sempre gentil e atenciosa. Encontrei amiga com quem há muito tempo não conversava. Fomos colegas de faculdade, até comadres somos. Mas, as voltas que a vida dá, muitas vezes nos afastam e noutra volta, nos reúnem, e é muito bom. Agora, aqui em frente a tela do computador, visualizei as pessoas lá presentes e voltei quinze anos no tempo. Tenho absoluta certeza que a grande maioria, pensava outro futuro para o presente de hoje. Mas, continua sendo um "presente" e passado não serve como espelho, a não ser para corrigir os equívocos e tecer um futuro sereno como o rosto da aniversariante e o da minha mãe que depois dos oitenta anos e algumas sequelas, apenas esperam cama quentinha, comidinha gostosa, muito carinho,  gastando o tempo restante com lembranças que quando expostas, nos nutrem a alma. 

Para descontrair, algumas imagens do Nino Branco, brincando com a Zóio e um saco de papel.
Quem está aí?
Sai que esse brinquedo é meu...
Vai sair na marra...
Saiu e ainda levou uns tapas!

22 de julho de 2011

Hauskatzen - Salvamos o sofá!

Direto da minha gaveta, eu, Amiga, contarei a história de hoje.
Estávamos com os nervos à flor da pele. Ontem, quando foi servido nosso jantar, "escutamos" os pensamentos da Beth. Sabem o que ela desejava fazer hoje pela manhã? Levar nosso adorado sofá para o "desmanche". 
Passamos boa parte da noite acordados, os adultos, enviando pensamentos felinos para ela, mais ou menos assim: não estrague nosso sofá, ele é feio mas é amado, tu sabes higienizar direitinho, passe o aspirador de pó e aqueles sprays anti tudo. Nós sabemos que ela tem muitos panos para cobrir onde rasgamos e vamos prometer não vomitar nas mantas, nem subir com pés sujos.
A filhota da Mitinha, parece que o nome é Naná, logo providenciou a limpeza do pé.
 É inacreditável, mas deu certo. Hoje de manhã foi feita a limpeza e aí já percebemos que o sofá não seria destruído. À tarde Beth chegou, com uma das colchas da cama dela, que era da Vó Lilly e, conversou conosco: colocaria a colcha no sofá, mas devemos cumprir a promessa que fizemos em pensamento.
Em uma das pontas ela colocou uma manta branca mas não recomendou nada, então, resolvemos tirar nossa soneca na manta!
Belo como "se acha", foi logo deitando na colcha mas o Chuvisco deu um chega para lá nele.
Claro que Chuvisco foi repreendido, ninguém pode encostar no Belo... sobrou para ele esconder-se atrás do painel.
E aqui a turminha comportada descansando na manta!
Só para lembrar, não gosto do sofá, são muitos gatos por perto, prefiro minha gaveta.

21 de julho de 2011

Sangas, descarte de agasalhos

Interessante a vegetação margeando a sanga, transformada em riacho com as chuvas de ontem. De um lado percebe-se mata nativa e do outro a vegetação está seca e escassa.
Ao  olhar de quem ama a natureza, as árvores chamam a atenção. Mas, infelizmente até quem ama a natureza é obrigado a ver a degradação das margens, a água imunda e os "enfeites" pendurados nos galhos, que são materiais descartados pelos moradores das imediações. O que mais se vê, são roupas e, não pensem os condescendentes que a sanga invadiu as casas e levou roupas, móveis e eletrodomésticos na invasão.
Não, não é isso, são objetos e roupas jogados na sanga quando a cabeça pobre de certas pessoas, pensa que aquilo não serve para nada. A impressão que se transforma em certeza, é que nunca ouviram falar em reciclagem ou reaproveitamento.   
Sou contra as "Campanhas do Agasalho" que proliferam aqui no sul, e falo da cidade onde nasci e ainda moro, Carazinho. Em vários pontos da cidade têm campanhas do agasalho para as mais diversas entidades. Vejo essas campanhas como sendo oportunidades para quem tem  muito, livrar-se dos entulhos e aqueles que não sabem cuidar do que têm porque recebem com muita facilidade, assim como ganham, descartam , dentro da sanga, que se transforma em riacho, que invade onde o invadiram e cá está novamente a "tragédia anunciada".
Fato interessante aconteceu alguns meses atrás, quando, na mesma rua onde captei as imagens acima, vi, pendurada num varal, uma colcha ou coberta para cama, feita de retalhos de tecidos claramente reaproveitados de roupas inservíveis. Pretendo com esse parenteses, dizer que é necessário orientar pessoas carentes, ensinar como reaproveitar ou encaminhar para a reciclagem o que não pode ser mais usado para o fim a que se destinava. Na mesma rua onde roupas nadam ao sabor das ondas da sanga, há alguém que sabe reutilizar seus panos.
Além das inúmeras campanhas do agasalho, a proliferação de lojas populares, vendendo confecções por R$5,00 ou R$10,00, banalizam inclusive a alegria em adquirir uma roupa nova. Compra-se por comprar.
Tenho um sonho e acredito em realizar. Juntar pedaços do passado, roupas, toalhas, guardanapos e aventais bordados,  tecendo lembranças juntamente com lições de como reaproveitar e não descartar.  

20 de julho de 2011

Hauskatzen - Saudades do Minuano


Lelo
Alguma coisa chata deve estar acontecendo, a Beth pediu que eu, Lelo escreva por ela hoje. Disse que o título deveria ser Saudades do Minuano. Até onde sei, Minuano é aquele vento gelado que sopra aqui no Sul e ela detesta frio, nós aqui na Hauskatzen, gostamos mais do frio que do verão. A chateação que ela está sentindo deve ser por causa do vento norte, que é quente, mas trouxe com ele uma chuvarada que não para desde ontem à noite.
Nosso querido sofá, onde tomamos nosso gostoso banho de sol, acho que desta vez vai para o "desmanche". O vento norte, que trouxe a chuva é tão forte que alagou a área semi aberta da Hauskatzen. Bom que nós temos nossos dois quartos, com nossas caminhas secas, tenho pena da minha parceria da boemia, das noites de verão que não têm casa, ou no máximo os deixam dormir na varanda aberta.
Espero que o vento norte afaste-se logo daqui porque precisamos de sol, a umidade não é legal para gatos, vá que apareça alguma "pereba" no nosso lindo pelo. 
Olhem só, o carro da Beth quase saiu nadando pela rua, exagerei, moramos em local alto.



Frente da casa às 17 horas

O que menos gosto quando chove são os trovões, interrompem minhas sonecas.
Sabem o gato Francisco, "puxa saco"
Francisco dando beijinho, parece um papagaio no ombro...
aquele que mora no atelier e quarto da Beth? Ele disse que no quarto e no atelier está escorrendo chuva pelas paredes. Disse que a culpa é do homem, aquele que "faz quase tudo" errado, ficou de vir organizar as calhas e não veio. 
Então, na torcida para que o sol volte, trazido pelo Minuano, lá dos lados de Rio Grande, cidade onde mora uma blogueira muito querida, encerro minha participação de hoje.
Lelo o Gato Boêmio.

19 de julho de 2011

Hauskatzen, casa e quintal - Imagens do dia por gata Dulce

Hoje, eu Dulce, resolvi escrever um pouco. Sei que as humanas da casa estão felizes porque o sol apareceu um pouco, após o meio dia, e  aproveitaram para dar uma geral, na Hauskatzen. Como não convivo com aqueles gatos, fiquei na janela do quarto da Beth, apreciando a paisagem. Sabem, ela ficou esperta, não deixa mais a porta da sacada do quarto aberta para que eu não fuja pela árvore. Sobrou a janela do quarto, mas cadê coragem para pular?

Estão vendo a cortina um pouco caída na janela? Fico com uma raiva quando fecham a janela, aí fico pendurada na cortina, até que caia. Mas, fizeram alguma coisa diferente e agora só consigo puxar a parte do meio. Até que é bem bonitinha a tal cortina, a Beth costurou e fez crochê na barra.
Quando fazem limpeza na Hauskatzen, todo mundo se esconde, só dão uma espiadinha, vejam a Amiga e as pequenas nas gavetas, que amor (hoje estou bem humorada).




Quatro filhotas não fazem um Mimoso, eita gato grandão!

Vejam como o quintal fica lindo com sol, a araucária emoldurada pelo azul do céu, e as flores vermelhas da eritrina parecem felizes!

Família, um pouco de saudade

Enquanto mamãe tomava Regulador Xavier,
meu irmão era locutor da Rádio Carazinho

sua bela voz, era transmitida em aparelhos radiofônicos, iguais ou semelhantes a este
gatinhos não poderiam faltar
eu lia o livro “A Moça e Seus Problemas”, gentilmente emprestado por amiga da mãe, para que eu aprendesse as "coisas de moça"

era uma das poucas, entre minhas amigas que usavam Modess em 1964. 

O pai fumava Minister

Nosso carro era um Simca Chambord, 

veraneávamos em Camboriú, pouquíssimos Km com asfalto, saía-se de Carazinho seis horas da madrugada e, com sorte, chegava-se às 21h.
Após churrasco, com vários amigos dos meus pais, comemorando a edificação do prédio de propriedade de alguns amigos corajosos que resolveram investir no Balneário,onde haviam apenas dois hotéis, o Marambaia (redondo) e o Hotel Fischer, cada um localizado em uma ponta da avenida. O pai teve medo pensou que não daria certo.  Na foto, entre as crianças sentadas, sou a segunda, de roupa escura e lenço nos cabelos. Meus pais estão na primeira fila, braços enlaçados, pai sem camisa.
Na foto acima, os dois hotéis antes citados parecem estar frente à frente e o prédio em construção aparece numa imagem escura um pouco além da metade da praia.

18 de julho de 2011

O Espelho não mente! - Regulador Xavier

"É desoladora a sua impressão ao mirar-se no espelho!
 É que o espelho não mente! 
Elle lhe diz, sem rebuços, que a senhora está envelhecendo precócemente! 
Elle lhe mostra que a sua mocidade, a sua saude e a sua belleza estão se esgotando rapidamente 
devido aos males terríveis do seu sexo!
Defenda esses seus thesouros inestimaveis!
Combata os seus males e cure-os radicalmente com o Regulador Xavier. 
O Regulador Xavier, de accôrdo com as exigencias da medicina moderna, é fabricado sob duas formulas differentes:
 N.o 1 - para os fluxos abundantes e suas consequencias, 
o N.o 2 - para a falta de fluxos e suas consequencias.
 O Regulador Xavier operará o milagre da ressurreição dos seus encantos de mulher!
 E a senhora poderá enfrentar com um sorriso de orgulho a franqueza do seu espelho!"
Transcrevi o texto na linguagem em que foi escrito em 1937.
A imagem e texto abaixo, encontrei no site de buscas Google.
O regulador Xavier é um preparado à base de extratos vegetais, de plantas medicinais, desenvolvido em São paulo, pelo farmacêutico João Gomes Xavier, para distúrbios da menstruação, e registrado no órgão de saúde desde 1930. na época os males ditos "femininos" eram tratados, na maioria das vezes, com chás e infusões caseiras, passados de mãe para filha, sempre num clima de mistério: "aqueles dias" eram uma prova da condição feminina, uma "doença" relacionada ao sexo e portanto, íntima e secreta. 

continua...

17 de julho de 2011

Domingo - Quase em Preto e Branco

Várias atitudes e pensamentos já modifiquei. Mas algo que não sou chegada é em domingos. E, domingo, no inverno, com vinte e quatro horas de chuva ininterrupta, torna difícil qualquer tarefa diferente que ficar na cama.
Escolhi algumas imagens, de ontem, quando o vento norte, anunciando o que viria hoje,  estava arrancando o que restava de folhas teimosas nas árvores, vergando troncos e formando tapete de folhas no chão.
Folhas da eritrina ao chão
as flores vermelhas (eritrina) estão desabrochando, mas ficam bonitas quando contrastam com o céu azul.
Esta foto da Tita faltou quando contei sua história, então, como está quase em preto e branco, coloquei hoje.
Picolo "dicostas" prá chuva, tá nem aí,dorme com chuva, sol, frio ou calor, deve ser a idade, tadinho.
Encerrando, uma das antigas, meu avô ensinando-nos o amor aos animais! Grande Opapa (maneira delicada com a qual alemães tratam os avôs).O menino é meu irmão e a lindinha sou eu!