Os gatos aqui acolhidos e hoje residentes não têm permissão para sair do quintal e alguns não saem nem para o quintal porque escalam muros e cercas e fogem. Já escrevi sobre isso várias vezes.
Pois bem, o Nino, gato muito especial, lindo, amarelo e branco, castrado (como todos) não permito que saia de dentro de casa porque foge e é muito complicado fazer com que retorne.
Hoje, ele conseguiu uma brecha e saiu pela janela do atelier na parte de cima da casa, pulou na marquise
e da marquise para o chão.
Há pouco, ouvi miados de dois gatos, saí e um deles era o Nino. O outro, de uma vizinha próxima. Estávamos as duas, na esquina cada uma chamando o seu e os dois no pátio da casa de outra vizinha, fazendo de conta que não nos conheciam.
Joguei um potinho plástico no Nino e o outro gato fugiu em direção à sua casa e o Nino atravessou a rua, berrando como se o estivessem torturando. Entrou num quintal e sumiu.
Por que estou relatando isso?
Simples, quando a turma de gatos foi se formando, foram castrados e a ideia era deixá-los livres para irem onde bem desejarem. Minha parte como cidadã estava sendo feita, dando abrigo, ração, castração, evitando assim a procriação desenfreada.
Simples, quando a turma de gatos foi se formando, foram castrados e a ideia era deixá-los livres para irem onde bem desejarem. Minha parte como cidadã estava sendo feita, dando abrigo, ração, castração, evitando assim a procriação desenfreada.
Para evitar que pessoas que detestam gatos dessem mais um passinho ao inferno, envenenando-os, terminei impedindo a grande maioria sair para viver a vida como gatos, ou seja em liberdade.
Sei que muitos lerão o texto e puxarão teorias estereotipadas e plagiadas para dizer que gatos não podem andar na rua, que os humanos são maus, que quem ama cuida, etc., etc., etc.
Pois estou farta de arriscar quebrar uma perna ou braço, tentando segurar gatos que insistem em procurar aventuras.
Assim como chegou o dia em que precisei deixar meus filhos saírem de casa em busca de seus sonhos, famílias e realização profissional, deixarei a partir de hoje, os gatos que assim desejarem, buscar a liberdade. Gatos são extremamente inteligentes e sabem que aqui tem cama quentinha, ambientes ensolarados, ração de primeira linha, carinho e uma ama à disposição.
Acidentes e crimes acontecem,
sendo as vítimas humanas ou animais.
As três gatas que possuem madrinhas, a Minina, Mabel, Griselda e o Lencinho não farão parte do grupo dos "liberados" até porque Minina e Mabel nem desejam sair, Griselda sai comigo para comer graminha e fica satisfeita e Lencinho não pode sair porque é completamente surdo.
A gata na imagem abaixo, também adorava andar na rua até que (aqui conto) numa de suas saídas, demorou meses para retornar . Hoje podem ficar portas e janelas abertas que a Mitinha prefere ficar tranquila no cesto, ou em alguma cadeira. O máximo que faz, é sentar no parapeito da janela da sala para tomar sol mas desde que retornou, nunca mais saiu em busca de aventuras.
Enquanto escrevia saí mais três vezes tentando colocar o Nino para dentro e não consegui.
Agora, vou fechar a casa e quem está dentro não sai e quem está fora não entra.