"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

1 de agosto de 2012

Laços culturais

Dentre os guardados que estão saindo das gavetas, estou encontrando o fio da meada cultural da família da mãe.
O exemplo abaixo, é um livro que está na família desde 1866, portanto há 146 anos. Foi editado em 1845.
Meu avô recebeu-o como presente nos seus 15 anos, em setembro de 1916, da avó materna, Josephine Christinne Leutert.
Fico pensando, no quanto aquelas pessoas preocupavam-se com a cultura de seus jovens. A família morava no interior do interior do Rio Grande do Sul onde possuíam serraria. Assim, a avó não tinha como ir ao comércio adquirir um presente para o neto e buscou no seu acervo pessoal o livro que a acompanhava desde a mocidade e com uma singela dedicatória ofereceu-o ao neto (meu avô).
Nas imagens seguintes, também do acervo da família do meu avô, encadernados,  volumes de 1909 a 1910, da revista infantil alemã Unser Kleiner Freund (Nosso Amiguinho).
Ela é composta por contos, curiosidades sobre plantas e animais em conjunto com palavras bíblicas e educação ética e moral.
O título do texto abaixo, traduzido, é "A criança adotada".
Tentei traduzir algum parágrafo do texto mas é muito difícil pois é escrito em alemão gótico.
Uma canção sobre a chegada do verão, sob o título In der Schaukel (no balanço), esta ainda lembro que a mãe cantava quando éramos crianças e então traduzi livremente a primeira estrofe:
"Fora no jardim, ensolarado e bonito, no verão há muitas coisas para ver.
Lá podemos brincar no ar fresco, e podemos nos alegrar com as flores.
O balanço novamente pendurado na árvore..."
A publicação tem forte conotação religiosa (evangélica luterana) como se depreende da primeira folha da revista de janeiro de 1910,  Neujahrsgebet (Oração do Ano Novo)
A religião sempre esteve presente na família da mãe, não como uma obrigação ou dogmática. As  publicações da época lidas pela maioria das famílias alemãs, possuíam tais traços e assim a mãe
 foi educada e nos transmitiu. Esta ausência de dogmas fez com que eu buscasse estudar o cristianismo e não ficasse atrelada a fria letra dos textos bíblicos e afins.
Sou muito grata aos meus antepassados que da Alemanha trouxeram, no século dezenove, seus livros que foram passando de mão em mão e alguns ainda estão comigo. Foi uma família que sempre repassou aos descendentes um profundo sentido de  moral e ética, entremeados com muito amor e respeito.


E O NOME DA TILDA É...


"JOSEPHINA DA PERNA FINA"


Foram quinze os nomes sugeridos para a Tilda sem nome.
Mas, como disse aqui, escolheria o nome que na minha opinião fosse o mais parecido com ela. E, acreditem, o primeiro nome sugerido ficou, desde que o vi, entranhado na tilda.
Foi Lígia do blog Lilasesazuis quem "batizou" a tilda e conforme prometi, receberá um mimo desde que envie seu endereço para meu e mail, pois minha bola de cristal quebrou e não sei mais adivinhar!
Gostei da brincadeira e, com o tempo todas as "meninas" que sugeriram nomes receberão um mimo também, não importa se moram perto ou longe, no Brasil ou em Portugal, 
desde que enviem o endereço.

30 de julho de 2012

Presentes da vida

Contrariando a atual forma de comunicação (internet - blogs) , a qual tributo ter conhecido pessoas maravilhosas, hoje recebi pelo correio, presentes que reúnem uma sensibilidade ímpar.
Um envelope amarelo que atravessou continentes, 
do Japão para o Brasil.
O conteúdo, um CD com 64 músicas indicadas por seguidores do blog de Rubi Valente, entre os quais estou presente. 
Uma linda mensagem dobrada em origami, um lindo manekineko
e um cartãozinho escrito à mão.
Mimi posando junto dos presentes recebidos,
 o Rubi é sogro dele.
Agora vem o complicado: como agradecer tamanho carinho?
Percebem o trabalho, tempo e dinheiro dispendidos para que os presentes chegassem aos destinatários?
Não sei quantos foram, mas no mínimo sessenta e quatro 
que é o número de músicas do CD. 
As músicas foram procuradas, baixadas, gravadas, a capa impressa lindamente; a mensagem dobrada em origami perfeito, 
o cartão escrito à mão, comprar os manekineko, envelopar, endereçar, postar. 
Espero sinceramente um dia poder abraçar
 Rubi, San e Nina, seja no Japão ou no Brasil.
 Antes de receber os presentes comentei no face da San, 
em uma linda foto postada por ela, 
como é possível sentir saudades de alguém que não se conhece... 
Então, mesmo no turbilhão do mundo moderno, num país, Japão, onde as pessoas vivem num ritmo acelerado, muito trabalho e pouco tempo para o lazer, encontrei AMIGOS que hoje tornam meus dias mais suaves.
Agradeço por fazerem parte da minha vida!
Arigatou né

29 de julho de 2012

Elegância até em piqueniques!

Uma pequena volta ao passado, quando eu ainda não havia nascido, mas talvez já fizesse parte dos sonhos desta linda menina-moça, aos dezesseis anos, pronta para seu primeiro baile.
Aqui meus pais passeando na praça de Getúlio Vargas,
 quando namorados.
Assim divertiam-se os jovens dos anos 1930-1940,
 bailes, passeios, piqueniques.
Fico fascinada quando olho as fotos antigas da família e vejo uma turma de amigos, indo para um piquenique domingueiro, vestidos com tamanha elegância. Meus pais são o segundo e a terceira da fila que está atravessando a pinguela. 
Descontraídos, ao som de violino (tocado por meu tio)
bandoneon e pandeiro.
 O pai fazendo graça atrás da árvore e a mãe sentada atrás dos músicos.
Pausa para uma pescaria e pose para a foto 
antes de retornarem para casa.
Já neste outro piquenique meus pais parecem não estarem muito satisfeitos pois estão um tanto isolados dos amigos (à esquerda da imagem), ou estavam incomodados com a presença do proprietário da área onde os piqueniques eram realizados. 
Os "intrusos" são os dois homens e a mulher que estão posicionados em pé à direita da foto.
Sinto-me feliz por ter olhado tantas vezes com a mãe, o tesouro guardado nos álbuns e na preciosa caixa de fotos da família, pois assim hoje posso contar as histórias vividas
antes do meu nascimento.