Mostrarei um pouco dos meus ascendentes, vindos da Alemanha, no século XIX, quando alemães instalaram-se no Rio Grande do Sul. O casal abaixo, nasceu no início do século XIX e vieram, já casados, e, até onde sei, com um filho. O filho, nascido na Alemanha em 1827, após casar-se com filha de imigrantes alemães, mas nascida no Brasil, instalaram-se onde hoje é o município de Teutônia, Rio Grande do Sul.
Em 2004, estivemos no local onde ainda se encontra o prédio, tombado pelo patrimônio histórico do município. Quando do tombamento, não pertencia mais à família que construiu, mas permitiram a visita e as fotografias.
A porta, de onde estamos saindo, mãe e eu, contém a inscrição F.G. 1874, gravada na madeira e dava significado à data em que foi finalizada a construção.
Em 1876, outra parte da edificação foi finalizada e recebeu na porta a inscrição F.G. 1876.
Algumas peças do moinho encontravam-se ainda no local, em 2004, hoje não sei, tendo o moinho funcionado até 1985. Quando conheci, estavam as peças, infelizmente nas condições abaixo:
Uma das coisas que mais chamou-me a atenção foi, na foto acima, a colocação das pedras e das enormes vigas de madeira, os encaixes perfeitos.
Abaixo, minha atenção voltou-se aos pinos em madeira, todos iguais, feitos artesanalmente.
A propriedade era muito grande, a água para mover o moinho, vinha de um rio, passava por uma canaleta ao lado da casa
e movia esta roda d'água.
É necessário salientar que as construções unidas, residência, moinho bem como os equipamentos, foram todos construídos ali mesmo ao longo dos anos, por membros da família e alguns escravos.
É lamentável ver um patrimônio cultural e sentimental degradar-se, mas que fazer se o espírito aventureiro era presente na maioria dos homens da família e, meu bisavô, em 1911, juntou mulher, filhos, alguns amigos e tralhas, lotou duas carroças e saiu desbravando o Rio Grande do Sul. O ponto de parada foi na localidade que hoje denomina-se Engenheiro Luiz Englert, entre Getúlio Vargas e Passo Fundo, distante 250 quilômetros do local de partida. No início, as carroças serviam de habitação, enquanto eram construídos barracões de madeira para acomodar a família, empregados e alguns animais.
Essa aventura foi feita com minha bisavó grávida do quarto filho.
Bisavô, Bisavó e entre eles, meu avô materno |
Aqui, , bisavô e bisavó, sentados na área da casa, alguns anos já passados, e, como a mãe conta, foi onde ela passou as férias mais encantadoras de sua infância.
Que post lindo Beth! História, em seu sentido mais amplo, misturada com história de vida, de família. Adorei as fotos também; admiro muito os desbravadores, corajosos, inventivos e que tanto nos deixaram. Tens motivos de sobra para te orgulhares de tua família. Beijos
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