"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

15 de agosto de 2011

Marshmallow - Vitinho

Sinto uma sede enorme de encontrar pessoas que convivam com gatos (mais de cinco). Penso que as histórias que conto aqui possam atrair essas pessoas. Gostaria de entender como é a vida delas, o dia a dia, como alimentam seus gatos, como é o local onde dormem, saber se são apenas os meus ou se outros gatos também fazem xixi "espirrado" contra os móveis, mesmo sendo castrados. Questiono nas agropecuárias onde compro ração e areia, pergunto aos veterinários que conheço, mas ninguém responde, até desviam o assunto.
Parece tratar-se de tabu. 
Buscando respostas, comprei dois livros quando estive em julho em Novo Hamburgo. Um é Dewey: um gato entre livros, de Vicki Myron e o outro, da mesma autora com Bret Witter,  As Nove Vidas de Dewey.
No segundo livro, são narradas histórias de outros gatos que transformaram a vida de seus donos.
É oportuno esclarecer que não busquei nos livros respostas às minhas perguntas sobre conviver com gatos mas, encontrei em As nove Vidas de Dewey a história de Marshmallw que guarda semelhanças com Vitinho, o gato que está comigo há dois meses. Marshmallow nasceu e viveu com Kristie durante toda sua vida. Acompanhou a infância, a adolescência, o casamento, a maternidade, sempre tendo Kristie como sua companheira. Até aí nenhuma semelhança com Vitinho, a não ser a cor. Transcreverei pequeno trecho do livro:
"Ele tinha onze anos, o que não é particularmente muito para um gato mas seu pelo estava tão manchado e embaralhado que ele parecia ter 53. Ele tinha artrite e andava de um jeito cambaleante e desajeitado. Tinha pouca energia, seu apetite era lamentável, sua preocupação com a higiene pessoal inexistente. Pior que tudo, o cisto em seu rosto se convertera em um abscesso, de modo que o lado esquerdo do nariz parecia arruinado. O veterinário disse que ele estava fraco demais para passar por uma cirurgia; o buraco no rosto não chegava a representar um risco de vida, mas o procedimento para removê-lo poderia matá-lo. Eu mesma não sabia se Marshmallow viveria muito. Mas sabia que, independentemente de quantos dias lhe restassem, eu os faria os mais prazerosos e confortáveis possíveis."
 Marshmallow viveu ainda mais cinco anos, morrendo aos dezessete. Não sei a idade do Vitinho, mas certamente é um gato idoso, acredito que mais ou menos dez anos. Então, penso que fiz certo, trazendo-o para casa, castrando-o, não tendo nojo do seu rosto, proporcionando o conforto possível.
O livro foi fotografado sobre um cabide antigo, onde, na casa dos meus pais eram colocadas as roupas do pai, ao chegar do trabalho. O casaco na parte posterior, a calça pendurada no local próprio, os sapatos na parte inferior e os pertences miúdos, abotoaduras, documentos, dinheiro e no caso do meu pai, o isqueiro e a carteira de cigarros, numa espécie de bandeja entre o cabide e o lugar das calças. As partes citadas estão cobertas por um barrado de cortina em crochê, feito por minha avó.

4 comentários:

  1. Eu li o livro do Dewey e adorei, mas não li o segundo sobre outros gatos. Não imaginei que o Vitinho fosse velhinho, pensei que fosse jovem ainda. Tem outro blog de uma gaúcha que tem mais de 20 peludos, se quiser perguntar pra ela...Gloria(gloria-pontes.blogspot.com) ou também tem outra gaúcha com muitos bichinhos...Daniela(bichinho-amigo.blogspot.com) e também tem a Marília com 5 gatinhos e também gaúcha (repositoriodamarilia.blogspot.com). É impressão minha ou a gauchada ama e protege os animais ???
    Beijos
    Laís

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  2. Vendo o comentário da Rutinha, mas sabe que já tive essa impressão? Conheço tantas pessoas do Sul que são protetoras.

    Hoje tem sorteio lá no blog do livro "Primeiros Socorros para cães e gatos". Excelente livro. Participa.

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  3. Guria, se quiseres, podes me perguntar sobre qualquer assunto que eu posso te repassar minhas experiências (de leiga, claro) com 32 bichanos ao meu redor. Xixi espirrado dos meus gatinhos castrados nunca vi; xixi fora do lugar já ocorreu com Chuvisquinho, Negresco e Mimosa, quando tiveram problemas urinários: é um dos primeiros sintomas. A Mischa também faz isso às vezes, mas é porque já está meio esclerosada. Será que acontece com os teus porque tens muitos machos juntos? Quanto aos vets, acredito que o comportamento dos gatos ainda é um mistério para a maioria deles. Sei que existem especialistas na matéria, mas em nossas cidades temos que nos contentar com os clínicos gerais e, se desviam de um assunto, geralmente é porque não sabem a resposta.
    Só li o primeiro livro do Dewey; vou procurar esse outro!
    Claro que fizeste o certo pelo Vitinho, nosso coração geralmente nos indica a melhor solução.
    Beijos

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  4. Bem, de experiência mesmo, eu posso falar sobre o James que, com menos de 1 ano de idade, apresentou a taxa de creatinina altíssima, algo muito incomum em gatos jovens. Ele tinha sido adotado pela minha irmã e minha sobrinha, mas praticamente vivia na minha casa, então pedi que me doassem, para que eu assumisse o restante do tratamento.

    Após exames de sangue, ultrassonografia, aplicações de soro, mudança para ração e sachê renais, conseguimos diminuir o nível da creatinina. Ao perguntar se o James já poderia ser castrado, o veterinário disse que não achava achava importante nem necessário castrá-lo. Depois disso procurei outra clínica e em alguns meses ele foi liberado para a castração.

    Conversando sobre isso com uma protetora amiga, falei que o mesmo veterinário que se posicionou contra a castração aplicou as vacinas anti-rábicas e quíntupla. Ela ficou horrorizada com o fato deles não terem sido testados para FIV e FELV, muito menos ter sido informada da necessidade disso, podendo levá-los à óbito. Me senti desrespeitada e percebi claramente que esse veterinário passou por cima da responsabilidade e do profissionalismo, objetivando lucrar, independente se isso provocasse a morte deles.

    Até onde poderemos confiar num profissional que deveria preservar nossos animais, mas que prefere tomar atitudes que os façam correr perigo? Que segurança vamos ter nos tratamentos e procedimentos indicados?

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