"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

6 de fevereiro de 2012

Alguém me ajude

   Estou confusa com o texto que transcreverei a seguir. Gostaria de saber a quais leitores o autor desejou tocar. Leiam o texto e ajudem a definir. 

Kledir Ramil
O pequinês da cunhada 
     Zé Luís é um carioca bonachão, desses que se divertem com tudo e têm uma paciência de Jó. Dona Neia, a patroa, resolveu trazer sua irmã Marília para morar com eles, pois andava deprimida desde a morte do marido. Veio a cunhada, as malas, as tralhas e Pingo, um pequinês com cara de poucos amigos.   
foto ilustrativa
     Apesar de apenas um palmo de altura, Pingo foi tomando conta da casa. Rosnava o dia inteiro e enchia o saco de todo mundo, principalmente do Zé Luís. Não podia enxergar o pobre homem e atacava os calcanhares. Zé Luís começou a usar botas. Pleno verão, 40 graus no Rio de Janeiro e o coitado com bota de cano alto. Parecia um caubói de subúrbio. Como se não bastassem os ataques, o animal fazia cocô pela casa toda. E a cunhada não gostava de limpar sujeira de cachorro. Sobrava pra quem?
     Depois de Pingo matar o angorá da vizinha e arrebentar a boca do filho da faxineira, Zé Luís decidiu dar um basta. Inventou uma história de um casal de amigos, sem filhos, que viviam num sítio em Xerém e andavam loucos por um bichinho de estimação. Propôs levar o pequinês. Seria tratado como um rei, teria ar puro, espaço para correr. Desconsolada, Marília concordou com a proposta, convicta de que Pingo estaria melhor junto à natureza.
     Zé Luís pegou a fera pela coleira, colocou na camionete, se mandou e sumiu com o bicho.
     O tempo foi passando, Marília sempre querendo saber notícias e Zé Luís desconversava, sem estender muito o papo. Mas todo dia ela insistia e perguntava pelo seu cãozinho. Aquela ladainha também começou a encher a paciência. Um dia, pra tentar encerrar o assunto...
- Cunhada querida! Falei com meus amigos do sítio. O Pinguinho está ótimo. Está se alimentando bem, crescendo que é uma maravilha. Já está deste tamanho - mostrando com a mão uma altura de 1 metro e meio do chão.
- Mas Zé - emendou Marília, desconfiada - pequinês não cresce tanto...
- Olha, Marília... - continuou ele, abraçando a cunhada e oferecendo um gole de cerveja - com esse negócio de engenharia genética, os japoneses inventaram agora uma super ração que é impressionante. Diz que o Pingo é outro cachorro, tá até namorando uma Rotweiller...
Foto ilustrativa Rotweiler
     E Marília quieta, só observando de canto de olho. Resolveu tomar uma cerveja, vai fazer o quê?

Abro os comentários: considerei o texto deplorável. Numa época em que se busca a verdade, o amor aos animais, uma pessoa como Kledir Ramil, admirado no Rio Grande do Sul escreve essa baboseira num jornal de circulação nacional? 
Está publicado na Zero Hora de hoje, 6 de fevereiro de 2012, no Segundo Caderno, página 6.

12 comentários:

  1. Sabes que eu tive essa mesmíssima impressão? O "deu um fim no cachorro" para mim foi o próprio fim. Que coisa deprimente isso...
    Odiei!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É lamentável mesmo, fiz um comentário no blog dele, duvido que leia.

      Excluir
  2. Beth querida, tem gente de todo o tipo nesse mundo de Deus.
    E esse jornalista deve ser do tipo que "dá fim" em animais.
    Diga-me lá se nunca ouviu alguém dizer (ou fazer) que levou o gato ou o cachorro bem longe e abandonou?
    Sei de casos que o cachorro voltou depois de meses, até um ano! pobre coitado, esse tempo todo procurando seu dono.
    Fico escandalizada também com esse tipo de texto, pois infelizmente ainda temos muita gente má por aqui.
    E esse tipo de leitura acaba "animando" quem tem esse comportamento deplorável.
    Fico por aqui, beijos querida, até outra polêmica rsrsrs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ivani, fico indignada porque são formadores de opinião falando besteiras.
      Infelizmente já ouvi e ainda ouço pessoas dizerem que "extraviaram" ou que vão "extraviar" cão ou gato. Pior é quando abandonam filhotes recém nascidos.

      Excluir
  3. Eu acho que é uma pessoa que jamais conviveu com animais e não tem ideia do amor que existe entre os peludos e seus tutores. Uma pena publicarem um artigo idiota desses !
    Beijos
    Laís

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Laís, descobri que o tal cronista é "alérgico à gatos", então se com cães faz graça, imagine o que não faz com gatos. Bobão.
      Bjs

      Excluir
  4. Amiga Beth!!Lendo o texto que vc transcreveu, não sei porque me veio à tona o caso da enfermeira tresloucada de Goiás que torturou e matou um cãozinho da raça workshire, e depois quiz argumentar que estava estressada e que o animal era uma "peste". Bem,aqui o caso é diferente.Acredito que o amigo autor do texto quis ilustrar sua história, contando detalhes de como não se deve aturar um animal dentro da casa.De cara,logo percebe-se que ele não gosta muito dos bichos, e se gosta, deve ser daqueles que gosta desde que estejam bem longe não é mesmo? Realmente é um texto infeliz. Ponto! Um grande abraço minha amiga,fique com Deus e que Ele ilumine os caminhos dessas pessoas. BJs, Rubi.

    ResponderExcluir
  5. Rubi,teus comentários são sempre muito bem vindos.
    O caminho de todos nós está sempre iluminado por Deus, basta abrirmos os olhos. Pena que muitas pessoas como este cronista, fazem de tudo para não ver o grande Amor que temos à nossa disposição.
    Fiquem bem e curtam a "luz" da neve!
    Bjs.

    ResponderExcluir
  6. Que idiota acho que não tem outra definição para este escritor. É péssimo vermos um texto deste sendo publicado.
    BEijos

    ResponderExcluir
  7. Fazer o que??????????...Oras...abandono de animais é crime....CADEIA pra esse infeliz...oras... e nem sei o que dizer dessa sonsa que nunca amou o animalzinho, pois concordou em se separar tranquilamente.....oras!!!!!
    Em tempos de tantos psicopatas maltratando animais, um texto desse tipo é publicado!!!!
    Um texto pobre de conteúdo, um texto que não edifica...quer saber??Que vá esse Kledir prestar serviço voluntário em abrigos e ongs de animais...quem sabe aprende o "amor animal" e começa a escrever sobre os animais com um olhar amoroso...
    Beth, realmente uma baboseira....

    beijinhos, e um ótimo final de semana

    Lígia e turminha

    ResponderExcluir
  8. Não achei a mínima graça, inclusive incentiva as pessoas a fazerem o mesmo, em encontrar a saída mais rápida, sem o mínimo cuidado, preocupaçao, amor, porque só quem não o tem é capaz de fazer isso com um animal...

    Bem, este ser que escreveu o texto com certeza tem seus defeitos, irrita também várias pessoas, tem suas chatices e manias, e com certeza alguém tem vontade de fazer o mesmo com ele, ou seja, fazê-lo sumir das suas vistas. Eu mesma adoraria não ter mais qualquer notícia a respeito dele, muito menos gostaria de ler algum texto escrito por ele.

    Achei o texto odioso, irritante, descartável, sem a mínima graça, sinceramente não acho que tenha acrescentado algo, não vi sentido algum. Deplorável!

    Beijos, linda.

    ResponderExcluir
  9. Preciso dizer que detestei o texto? Já "sumi" com ele da minha cabeça, para não me irritar mais! Ô gente, se não tem nada positivo para escrever, ou falar, devia ficar mudo! Beijos

    ResponderExcluir