"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

23 de junho de 2011

Hauskatzen - Katy Lu

Beth ainda está triste com a "partida" do Tilli, então resolvi contar minha história na Hauskatzen. Na foto acima estou com cara de tédio, mas minha vida é um tédio.
Nasci uns três anos atrás, entre o telhado da casa e o da garagem, de uma veterinária. Vivíamos muito bem lá, minha mãe e eu. Meus irmãos eram bobinhos e conseguiram pegá-los para doar, ainda pequenos. Mas, eu estava crescendo e a dona da casa ficou com medo que saísse para namorar e então prepararam uma armadilha e caí nela. Preferia continuar ali, vivendo em liberdade, aprendendo ser gata com mamãe. A veterinária, conhecia a Beth e sabia que aqui eu poderia viver segura na companhia dos outros gatos.
Já que decidiram por mim, jurei que jamais um humano conseguiria pegar-me no colo e até hoje estou conseguindo manter a promessa. Não deixo nem a Beth, que consegue pegar qualquer um e enfiar comprimidos guela abaixo, me pegar. Quando é preciso tomar vermífugo, ela chega com cara de poucos amigos e diz: não adianta Katy, vais tomar na marra e ainda ameaça me levar prá ACAPA. Aí engulo e não mordo nem arranho ela, fico com pena, passa o dia todo "lidando" conosco.
Sou muito revoltada, detesto gatos, então Beth deixa-me viver no atelier, coloca meu pote de ração em cima de um armário bem alto e ai da Zóio pensar em chegar perto...
Zóio antes de se indispor com os outros gatos e ir morar no atelier
Já foi marcada minha castração quatro vezes, mas podem esquecer, não conseguirão me pegar.
Passo os dias dormindo, quando ninguém inventa fotografar.
No verão prefiro dormir sobre a mesa de trabalho, estou deitada sobre o pano branco, os outros são
Dulce e seus filhos. Esta poltrona, na sacada do quarto da Beth, é das preferidas. Quando não chove, fico deitada lá quase o dia todo. Nem penso em fugir, pulando na árvore de canela como a Dulce faz.
Quando faz muito frio, depois que todos adormeceram, deito na cama da Beth e durmo tranquila, mas, se ela percebe e tenta fazer carinho, saio e vou prá cima do meu armário.
Eu na cama da Beth
Fazem alguns dias, estou um pouco estranha, sinto "umas coisas", aí grito, rolo no chão, ergo o bumbum e pedalo com as patas traseiras. A Zóio disse que isso é "cio", e que ela não sente nada porque é castrada. Aconselhou-me que concordasse em fazer a cirurgia, daí não sentirei mais essas "coisas". Acho que a Beth não gosta muito quando grito durante a noite, às vezes ela manda eu parar, para que ela possa dormir. Já ouvi falar que quem ama castra, sei que a Beth me ama, mas se deixar que me peguem, os gatos da casa vão rir de mim. Tenho fama de briguenta. Ah, não sei, vou pensar!

2 comentários:

  1. Katy Lu querida, eu também não gosto de gatos ! Numa outra casa que nós moramos eu não deixava a gata da vizinha andar no seu próprio jardim ! Não aceito que a gata da vizinha ande no meu muro e não permito que a Pink, minha própria filha, chegue perto de mim ! Mas posso te dizer que colo da mamãe é a melhor coisa do mundo ! E tem outra coisa importante...depois que eu fui castrada continuei a achar que entrava no cio por vários anos !!! Um drama...
    Lambidas da Rutha

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  2. Um dia ainda vais te render Katy Lu! Carinho é muito bom e a castração vai te tornar mais tranquila e feliz! Beijos (e faz um carinho na Beth, garanto que ela ia ficar menos triste!)

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