O que fosse, não estava passando bem, porque tremia, mesmo envolto na manta, de muito boa qualidade. Encostei a testa no vidro e chorei, antes de qualquer reação racional, chorei, perguntando o que será?
Após três ou quatro vezes fazendo a pergunta, uma cabecinha ergueu-se para dizer-me: sou uma cadelinha, por favor me socorre. Era uma filhote linda, com as mesmas cores da Fi, branca com a carinha bege e marrom, mas, quatro vezes maior. Muito magra, limpinha, como se a tivessem banhado, sem pulgas, como todos os animais que largam aqui em casa. Seria facilmente adotada, não fosse a maldita cinomose, motivo das tremedeiras. Nem a cabeça a pobre conseguia segurar. Prestei o único socorro que era possível, coloquei-a no carro e levei-a até a casa da família que mencionei aqui . Podem pensar que apenas transferi o problema. Mas, de lá se ainda houver possibilidade de cura, será encaminhada para adoção e farei o que puder para auxiliar, menos acolher na minha casa.
Antes de transformar-me em protetora mendicante, cuidarei dos quase quarenta que aqui estão.
Mitinha com uma turma de filhotes |
Mjadra |
Vó Lilly, Pudim, Bina, Fi e Picolo |
Nausy |
Tocaste em um ponto que às vezes também me aflige: o pouco tempo disponível para me dividir entre todos os nossos bichinhos, ainda mais com o trabalho no escritório, os cuidados da casa... Apesar de nenhum deles ser solitário, convivendo em grupos, é tocante o apego a nós, o quanto disputam nossa presença e carinhos.
ResponderExcluirQuanto à desova de bichinhos na tua casa, já falei em outro post o quanto me revolta essas pessoas que passam "seus problemas" adiante e ficam em paz com suas consciências (se é que as tem!) Já assumiste muito mais do que uma pessoa sozinha normalmente consegue. Ninguém pode sequer pensar em abrir a boca para te tecer qualquer crítica. Te admiro. Beijos
Suas palavras são cheias de razão. Mas eu acredito que as pessoas que deixam animais na sua porta te admiram e sabem que você pode ter uma solução melhor para ajudar os animais. Seria muito mais fácil tocar a campainha (eu não tenho, o Barum late quando aparece alguém) e conversar com você, pedir conselho e tentar te ajudar também.
ResponderExcluirEu com apenas 4 também mal tenho tempo para carinhos ! A Nausy é uma fofura !
Podia ser pior, já pensou se deixassem um bebê humano ?
Beijos
Laís
Quando os meus animais adoecem, não tenho limites, corro para a única opção que eu acredito: o veterinário!!! James tem histórico de problemas renais, hoje controlado o nível da creatinina, mas já esteve nas alturas, e jamais pensei em "descartá-lo", independente dos custos, trabalho, etc. Muito pelo contrário, ele foi adotado pela minha irmã e como passava os dias em casa, sozinho, resolvemos que ele ficaria na minha casa durante o dia, com a Donatella. Assumi o tratamento dele, pedi que me doassem, e depois de um bom tempo já está bem, devidamente castrado, meu companheirão.
ResponderExcluirEntão me deixa realmente revoltada uma situação dessas, egoísta e cruel, onde não pensam nesses animais e muito menos na pessoa que foi "escolhida" para assumir a responsabilidade. Cinomose é altamente contagiosa, para eles não importa se iria atingir os seus animais, contanto que pudesse passar o problema adiante. Já tive um cão que sobreviveu, ficou com sequelas, mas teve uma vida feliz.
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