"Onde reinam intenções honestas,
mal entendidos podem ser curados
com rapidez e eficácia."

28 de junho de 2011

A desova de filhotes continua

Quase meio-dia, de onde estava, visualizei na área da frente da casa, aberta  para o passeio público, algo enrolado em uma espécie de manta ou cobertor. Pelo tamanho poderia ser desde um bebê até cão ou gato. 
O que fosse, não estava passando bem, porque tremia, mesmo envolto na manta, de muito boa qualidade. Encostei a testa no vidro e chorei, antes de qualquer reação racional, chorei, perguntando o que será?
 Após três ou quatro vezes fazendo a pergunta, uma cabecinha ergueu-se para dizer-me: sou uma cadelinha, por favor me socorre. Era uma filhote linda, com as mesmas cores da Fi, branca com a carinha bege e marrom, mas, quatro vezes maior. Muito magra, limpinha, como se a tivessem banhado, sem pulgas, como todos os animais que largam aqui em casa. Seria facilmente adotada, não fosse a maldita cinomose, motivo das tremedeiras. Nem a cabeça a pobre conseguia segurar. Prestei o único socorro que era possível, coloquei-a no carro e levei-a até a casa da família que mencionei aqui . Podem pensar que apenas transferi o problema. Mas, de lá se ainda houver possibilidade de cura, será encaminhada para adoção e farei o que puder para auxiliar, menos acolher na minha casa.
Antes de transformar-me em protetora mendicante, cuidarei dos quase quarenta que aqui estão.
Mitinha com uma turma de filhotes
A qualidade da ração dos gatos, já fui obrigada a baixar, espero que não precise baixar a qualidade da alimentação das humanas da casa.
Mjadra
Tenho uma vontade imensa de descobrir quem é a pessoa que adquiriu o hábito de largar as granadas na minha mão. Não deve ter pedigree. Conhecendo  minha família, sabe que ninguém é milionário e tenho certeza que conhece, porque coincidências não acontecem nessa medida. Quando bondade é confundida com burrice é hora de parar. Não estou podendo nem dar carinho para os animais que digo "meus". Sinto falta e eles também, daquela troca gostosa de afagos. Quando entro na Hauskatzen, para ficar mais tempo, como fiz hoje, sou disputada literalmente à tapa pelos gatos. As cinco cadelas que ficam mais ou menos fora da casa, meu tempo com elas, é restrito  aos momentos em que são alimentadas ou quando estendo roupas no varal. As cinco "de dentro" são mais felizes, porque ficam o dia todo com minha mãe na sala 
Vó Lilly, Pudim, Bina, Fi e Picolo
e à noite, quatro dormem comigo e a Nausy quando percebe que vou subir, vai para seu cantinho no sofá e espera meu beijo de boa noite.
Nausy

4 comentários:

  1. Tocaste em um ponto que às vezes também me aflige: o pouco tempo disponível para me dividir entre todos os nossos bichinhos, ainda mais com o trabalho no escritório, os cuidados da casa... Apesar de nenhum deles ser solitário, convivendo em grupos, é tocante o apego a nós, o quanto disputam nossa presença e carinhos.
    Quanto à desova de bichinhos na tua casa, já falei em outro post o quanto me revolta essas pessoas que passam "seus problemas" adiante e ficam em paz com suas consciências (se é que as tem!) Já assumiste muito mais do que uma pessoa sozinha normalmente consegue. Ninguém pode sequer pensar em abrir a boca para te tecer qualquer crítica. Te admiro. Beijos

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  2. Suas palavras são cheias de razão. Mas eu acredito que as pessoas que deixam animais na sua porta te admiram e sabem que você pode ter uma solução melhor para ajudar os animais. Seria muito mais fácil tocar a campainha (eu não tenho, o Barum late quando aparece alguém) e conversar com você, pedir conselho e tentar te ajudar também.
    Eu com apenas 4 também mal tenho tempo para carinhos ! A Nausy é uma fofura !
    Podia ser pior, já pensou se deixassem um bebê humano ?
    Beijos
    Laís

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  3. Quando os meus animais adoecem, não tenho limites, corro para a única opção que eu acredito: o veterinário!!! James tem histórico de problemas renais, hoje controlado o nível da creatinina, mas já esteve nas alturas, e jamais pensei em "descartá-lo", independente dos custos, trabalho, etc. Muito pelo contrário, ele foi adotado pela minha irmã e como passava os dias em casa, sozinho, resolvemos que ele ficaria na minha casa durante o dia, com a Donatella. Assumi o tratamento dele, pedi que me doassem, e depois de um bom tempo já está bem, devidamente castrado, meu companheirão.

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  4. Então me deixa realmente revoltada uma situação dessas, egoísta e cruel, onde não pensam nesses animais e muito menos na pessoa que foi "escolhida" para assumir a responsabilidade. Cinomose é altamente contagiosa, para eles não importa se iria atingir os seus animais, contanto que pudesse passar o problema adiante. Já tive um cão que sobreviveu, ficou com sequelas, mas teve uma vida feliz.

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